O cientista renomado nas áreas da cardiologia, hipertensão e estresse humano, Nelson Spritzer, participou, em Dourados, do VI Congresso da Saúde da Unigran, apresentando a PNL (Programação Neurolinguística), e ainda, as novas tecnologias que estão mudando o modo de viver do ser humano.
O médico explicou que a PNL é uma ferramenta que neste momento, no Brasil, está mal difundida, apresentada como uma forma de autoajuda, de marketing pessoal e empoderamento, porém, segundo ele, é uma ferramenta de melhoria das funções da mente, de organização e de processos mentais que refletem no comportamento, de uma forma replicável, mensurável, objetiva.
“É uma tecnologia muito sofisticada que não dá para aprender em um curso de uma hora, como se propaga por aí, exige no mínimo quatro anos de formação para ter uma capacitação mínima”, afirma.
O praticante de neurolinguística, segundo o palestrante, intervém na programação dos pensamentos humanos, “o que equivale a um software muito sofisticado de um computador muito sofisticado, que é a nossa cabeça. Quase todo o trabalho do interventor visa mecanismos que estão abaixo da percepção, mecanismos inconscientes que são chamados automatismos”, menciona.
Nelson Spritzer conta que as pessoas dispõem de processos automáticos que estão funcionando o tempo todo, 24 horas por dia, na cabeça. Contudo, alguns desses mecanismos, por algumas razões, funcionam mal em alguns aspectos ou em determinados momentos. “A neurolinguística trata de entender quando e como que isso acontece, o que está levando isso a acontecer e como corrigir. Como isso é tudo abaixo da consciência, é preciso que a informação venha de onde ela está acontecendo, que é no inconsciente, é preciso que a intervenção alcance o aspecto automático, isso que torna mais difícil o trabalho”, adverte.
O cliente, quando recebe a intervenção, tem benefícios muito objetivos, de acordo com o médico. Desde mudanças razoáveis de comportamento, por exemplo, como roer unhas, timidez, gagueira, demora na tomada de decisão, ou seja, questões da vida que possam atrapalhar a evolução pessoal e profissional. “Há, ainda, a possibilidade de mudar aspectos da personalidade, que é a parte mais rica do processo de mudança. Por exemplo, um líder que tem dificuldade para lidar com a objeção, que não tolera o antagonismo, isso não tem relação apenas ao comportamento, mas também com a estrutura da personalidade. Isso é possível modificar e o indivíduo se torna aberto, flexível e receptivo”, garante.
A aplicação da Programação Neurolinguística provoca efeitos, enfatizou o palestranta. “O Brasil ainda está caminhando para esta nova realidade. A PNL é uma ferramenta do futuro”, considerou.
Na onda das mudanças
Na abertura do Congresso de Saúde da Unigran, Nelson Spritzer abordou o tema “Flutuando nas Ondas de Mudanças”. O palestrante fez um aparato do contexto geral das mudanças tecnológicas e como lidar com todo esse avanço. “Hoje vemos mudanças que já estão impactando, que virão impactar, em breve. Devemos refletir que tipo de impacto isso vai acarretar e que tipo de demandas e adaptação nós vamos ter. Há estudos, de aplicativos para medir glicemia, outros para aferir a pressão arterial. Muito provável que vamos fazer do celular todos os exames de laboratório”, acredita o palestrante.
Durante a fala dele, doutor Spritzer mencionou a os trabalhos na evolução da impressora 3D, com próteses e até mesmo um tênis que a Adidas lançará em breve, da agricultura aeropônica (cultivo no ar), produção de bifes em laboratórios, ‘Bitcoin’ como uma nova moeda que está entrando no mercado e, diante de tantas novidades, alertou para o “emburrecimento das pessoas com o avançar das novas tecnologias”. Segundo ele, “jovens se acomodam e é preciso estar preparado”.
Dr. Nelson apresentou aos participantes o que ele chama de um ‘kit de equipamentos’ para quem vai enfrentar essas mudanças, ou já está enfrentando. “São aspectos fundamentais para lidar com todo esse avanço: desejo, crença, atenção, detalhe, loucura e persistência”, enumera. “O mundo está mudando muito mais rápido do que a gente consegue se adaptar. É necessário estarmos atentos a todas essas informações e como vamos agir diante delas”, avalia.
