A vitória de 2 a 0 sobre o Santos, neste sábado (3), em Itaquera, pode ser fatiada em três momentos bastante distintos para o Corinthians. Acompanhe a análise do Globoesporte.com: Primeiros dez minutos: foi pressionado, viu o adversário alcançar quase 70% de posse de bola, mas conseguiu postar-se de forma a não ter seu gol agredido; De cerca de 10 minutos até o fim do primeiro tempo: foi gradativamente crescendo na partida, apossando-se da bola, posicionando-se mais à frente e sendo mais agressivo. Teve uma ótima chance, com Rodriguinho, e foi ameaçado em conclusão perigosa de Victor Bueno; e, Segundo tempo: tomou conta da partida, atacou com agilidade, otimizou jogadas e não permitiu oportunidades ao Santos. Fez dois gols, em jogadas eficientes pelo alto, e teve outros dois anulados por impedimento. Engoliu o adversário.
O Corinthians assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro (pode ser ultrapassado por Cruzeiro ou Chapecoense no completo da rodada neste domingo) ao colocar mais um tijolo na construção de sua maturidade. O time de Fábio Carille viveu três jogos diferentes dentro do mesmo jogo – e soube lidar com todos eles; e soube se impor; e soube se reinventar.
O segundo tempo talvez tenha sido o melhor momento corintiano no ano. Não só pelo rendimento: também, e principalmente, pela evolução conceitual. Porque suportar a pressão de um adversário era algo que o Corinthians já tinha feito; enfrentá-lo de igual para igual, também.
O passo além foi tomar a decisão de ser protagonista: resolver pressionar um oponente forte, em um clássico, e ter sucesso nisso. Contra o Santos, o Corinthians deu sinais de estar pronto para ser mais do que um time organizado – armado com distribuição milimétrica para reagir às ações adversárias. Carille montou uma equipe à beira da perfeição na defesa e agora parte para um novo capítulo: também ser capaz de agredir, pressionar, sangrar a defesa rival. Se tiver sucesso nisso, o Corinthians será candidato forte a conquistar o Brasileirão, arrisca o analista Alexandre Aliatti.