O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defendeu nesta quarta-feira (16) o fim da “choradeira” dos produtores rurais, ao referir-se às queixas do setor sobre a falta de estradas, caminhões e armazéns para escoar os grãos da safra 2011.
Para o ministro, a responsabilidade por prover armazéns em quantidade suficiente para a produção também é do setor privado, como grandes cooperativas, traders e empresas do setor.
“Não estamos na fase da choradeira, estamos na fase de enfrentar desafios. Por exemplo, ferrovias. Nós estamos em fase de implementação das obras do PAC, vamos incorporar definitivamente o modal ferroviário à produção”.
A safra deste ano deve atingir quase 70 milhões de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a falta de infraestrutura para transportar e armazenar os grãos que serão colhidos é apontada como a principal vilã do crescimento da produção entre ex-membros do governo e líderes produtores.
“Atualmente nós vamos ter sérios gargalos no escoamento desta safra. Estamos chegando a um risco de apagão do escoamento no país”, afirmou na semana passada, o ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes durante o Show Rural em Cascavel.
Para o atual ministro, a atividade pública em armazenagem é "absolutamente pontual". "Armazenagem é uma atividade privada. A atividade pública de armazenagem no Brasil corresponde a 2.2% da capacidade estática", afirmou.
"Nós temos um problema e temos que enfrentar juntos, o setor produtivo e o setor público. Esse não é um problema exclusivo do setor público. Nós pusemos dinheiro à disposição para financiamento de armazenagem na fazenda. Ainda não foi tomado no nível que eu gostaria, mas esses recursos estarão disponíveis também para as grandes cooperativas".