O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse nesta segunda-feira, 7, que o setor quer que o governo adote medidas emergenciais para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras e, dessa forma, ampliar as exportações.
Segundo ele, ainda não há propostas definidas, mas o setor está desenvolvendo um estudo, que deve ficar pronto nos próximos dois ou três meses, que servirá de base para a elaboração de propostas a serem apresentadas ao governo.
"O câmbio é um fator, mas temos que raciocinar com um real que vai continuar forte. Temos que encontrar medidas que nos tornem competitivos para exportar mesmo com o real forte" afirmou. Ele citou como exemplo o custo de capital. "No Brasil, o custo do capital é entre 10% e 12%, enquanto no México e nos Estados Unidos gira entre zero e 2%", afirmou.
Belini disse ainda que a redução dos custos trabalhistas também poderia beneficiar as exportações, mas de nada adiantará caso o governo reduza esses custos e eleve outros tributos.
Apesar da demanda por incentivos para ampliar as exportações, o total de veículos vendidos ao mercado externo cresceu 10,7% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2010 (considerando unidades montadas e CKDs). Na comparação com dezembro, houve crescimento de 5,8%.