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Economia

Crédito caro deve afetar vendas do comércio em 2011

07 fevereiro 2011 - 15h36Por Redação Douranews, com Folha

A euforia de compras do ano passado  que levou o comércio a registrar R$ 100 bilhões em vendas em 2010  deve perder força em 2011, com a perspectiva de crédito mais caro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

A entidade destaca que 2011 não deve apresentar os mesmos resultados do ano passado, já que “a insegurança do consumidor quanto ao nível de inflação costuma evitar o comprometimento financeiro a longo prazo”. Isso leva a uma redução do consumo de bens duráveis.

As preocupações com inflação fizeram o Banco Central adotar medidas para conter o consumo e o conseqüente reflexo disso no avanços dos preços. A mais visível dessas medidas é o aumento na taxa Selic (os juros básicos da economia), que deve tornar o crédito mais caro.

Especialistas de mercado vêm corrigindo para cima há semanas suas expectativas para os principais indicadores de inflação  no boletim Focus divulgado hoje pelo Banco Central, por exemplo, a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), usado pelo BC para controlar a meta de inflação, é de 6%. Para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe  (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que apura os preços no município de São Paulo, a estimativa agora é de 5,43%.

A Fecomercio, entretanto, avalia que, mesmo que a oferta de crédito e a intenção de consumo diminuam, a economia brasileira terá um crescimento “robusto” em 2011, embora mais modesto se comparado ao ano anterior.

- Os principais determinantes do consumo, ou seja, os níveis de emprego e renda, devem continuar apresentando bons resultados.

Vendas

Segundo pesquisa da Fecomercio, o resultado de 2010  6% maior que o de 2009  foi puxado pelo bom desempenho nas vendas de produtos duráveis, principalmente nas lojas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos e no comércio eletrônico.

Em dezembro, as vendas do comércio varejista passaram de R$ 11 bilhões, aquecidas pelas vendas de Natal: o crescimento em relação a novembro foi de 25,1%.