Os empresários do setor privado de todo o mundo estão mais otimistas com a economia em 2011 do que estavam no início do ano passado, principalmente em relação ao aumento da receita. De acordo com a pesquisa International Business Report, da consultoria Grant Thornton, com companhias de 39 países, a América Latina é a região que se mostra mais otimista, com 80% das companhias esperando maior faturamento. O Brasil (81%) apresentou neste item otimismo bem acima da média mundial (56%), assim como o México (78%). Porém, o Chile alcança um índice maior (90%), fazendo dele um dos países mais otimistas do mundo em expectativa de receita.
Na pesquisa, os empresários entrevistados mencionaram o aumento do faturamento como a principal tendência para 2011 (56% preveem melhora neste item). Em seguida, aparece a elevação da rentabilidade (40%). Em comparação ao estudo anterior feito no início de 2010, estes números representam acréscimos de 16 e 11 pontos porcentuais, respectivamente. No Brasil, o segundo indicador mais mencionado também foi a rentabilidade (com 71% das respostas – 14 pontos a mais ante a pesquisa anterior).
"As expectativas de preços de venda apontam para uma inflação sob controle; e os níveis de receitas e rentabilidade esperados devem posicionar a economia brasileira como uma das mais fortes do mundo", afirma o CEO da Grant Thornton Brasil, Jobelino Locateli. Somente no quesito exportação é que os brasileiros (14%) apontaram expectativa menor que a média mundial (22%).
As expectativas de trabalho do empresariado brasileiro foram as mais altas do mundo: 62% acreditam em crescimento dos níveis de emprego no ano. Na América Latina, esse índice ficou em 56%. Chile (65%), Argentina (46%) e México (46%) também mostram tendência positiva.
Mundo – O resultado mundial mostra um panorama menos positivo: apenas 29% dos entrevistados disseram esperar uma ampliação nos níveis de emprego. A União Europeia (UE), com 17%, é apontada como a região com as perspectivas menos otimistas. Neste continente encontram-se os países com expectativa mais baixa em todo o globo sobre o assunto: Grécia tem expectativa 17% menor que na pesquisa de 2010; Irlanda, 14% menor; e Espanha, 5% menor.
O Reino Unido e os Estados Unidos também se mostram menos otimistas quanto ao emprego em relação ao Brasil e a América Latina. De acordo com a pesquisa, apenas 27% dos britânicos esperam ver um aumento do emprego, enquanto 28% dos norte-americanos creem que a situação vai melhorar.
Segundo a Grant Thornton, o International Business Report é um levantamento que tem 19 anos e fornece informações sobre as opiniões e expectativas de mais de 11 000 empresas em 39 economias.
