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Economia

Padarias crescem em 2010, abrem vagas, mas não acham profissionais

01 fevereiro 2011 - 19h55Por Redação Douranews, com Veja

As padarias brasileiras cresceram em 2010, abriram novos postos de trabalho, mas não conseguiram preencher todas as vagas por falta de mão de obra qualificada no país.

Dados divulgados nesta terça-feira (1) pela Abip (Associação Brasileira da Indústria da Panificação) mostram que o faturamento das panificadoras chegou a R$ 56,3 bilhões no ano passado, o que representa um aumento de 13,7%, ou R$ 7,3 bilhões, em relação a 2009, quando os ganhos totalizaram R$ 49 bilhões.

Em 2010, o setor abriu 50 mil novas vagas, um crescimento de 3,4% sobre 2009, das quais apenas 25 mil foram preenchidas. 

De acordo com o coordenador nacional do Propan (Programa de Apoio à Panificação) da Abip, Márcio Rodrigues, a demanda por contratações é resultado da modernização das padarias, da complementação com novos serviços, como o de restaurante, e da oferta de uma variedade maior de produtos.

Rodrigues afirmou que a panificação é responsável por 758 mil empregos diretos e 1,8 milhão de postos de trabalho indiretos.

- O número de postos de venda, novos serviços como café da manhã e almoço e a ampliação do mix de produtos geraram demanda muito grande para a contratação. Há empresas que abriram e tiveram de levar funcionários de outros Estados. Nós temos esse grande desafio, que é a geração de mão de obra. Não adianta formar e qualificar pessoas se as empresas não se transformarem em ambientes atraentes para que os jovens tenham intenção de trabalhar nessas empresas.

Os dados revelaram ainda que, em 2010, o país tinha 63,2 mil padarias, sendo que 20% delas estavam na informalidade. Apenas 5% lideram o processo de modernização do setor, 22% são emergentes (com potencial de crescimento), 27% vivem não crescem e 25% são conservadoras e têm a tendência de desaparecer. O número de clientes aumentou 2,8% em 2010, percentual maior do que o registrado em 2009 (na comparação com 2008), quando o aumento foi de 1,7%.

O diretor executivo da Abip, Giovani Assis Mendonça, disse que a preocupação atual é convencer os parlamentares, que vão participar este mês de um encontro com representantes do setor, de que é preciso desonerar o pão francês de impostos – que representam 16% do preço final do produto.

- Sabemos que a desoneração impactará no preço do pão francês, sabemos que ele é um produto consumido por todas as classes e, principalmente, porque é o pão que o brasileiro consome de forma expressiva dentro desse mix de produtos vendidos nas padarias.

Com a redução dos impostos que recaem sobre as padarias, Mendonça avalia que o número de empresas que ainda atuam na informalidade vai cair ainda mais.

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