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Economia

Desemprego no Brasil atinge menor nível desde 2002, a 5,3%

27 janeiro 2011 - 17h02Por Redação Douranews/ com terra

O desemprego brasileiro caiu para 5,3% em dezembro, ante 5,7% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Foi o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2002. Em 2010, o desemprego médio foi de 6,7%, o menor da série desde 2003 (primeiro ano completo), ante 8,1% em 2009. O índice do IBGE vem renovando a mínima histórica há cinco meses, desde agosto de 2010, quando marcou 6,7%. Em março de 2002, a taxa era de 12,9%.

O número de desocupados em dezembro de 2010 (1,3 milhão de pessoas) teve queda em relação a novembro (-8%) e a dezembro do ano anterior (-21,4%). No ano, os desocupados somaram, em média, 1,6 milhão de pessoas, 15% a menos que em 2009 e 39% a menos que em 2003.

A população ocupada em dezembro de 2010 (22,5 milhões de pessoas) cresceu 2,9% no confronto com mesmo mês do ano anterior. Na média do ano, os ocupados somaram 22 milhões de pessoas, um contingente 3,5% maior que o de 2009 e 18,9% superior a 2003.

"Estamos em uma nova configuração para o mercado de trabalho... Parece um outro País", disse o economista do IBGE Cimar Pereira Azeredo. "O que aconteceu em 2010 foi um reflexo claro e evidente do cenário econômico no mercado de trabalho".

Carteira assinada
O número de trabalhadores formais no setor privado em dezembro de 2010 (10,5 milhões) ficou estável em relação a novembro e cresceu 8,1% quando comparado com dezembro do ano anterior. Considerando a média de 2010, houve um recorde na proporção de trabalhadores com carteira assinada (10,2 milhões de pessoas) em relação ao total de ocupados, chegando a 46,3%.

"Você tem uma economia que favorece isso. Além disso, contratar sem carteira na empresa se tornou mais arriscado com a fiscalização mais intensa", disse Azeredo. "Há um avanço expressivo da formalização, mas ainda há um contingente grande na informalidade".

Houve uma ampliação da formalização em todos os segmentos em 2010, sendo que no segmento de prestação serviço atingiu quase 70% do contingente ocupado. Na construção civil, a formalização subiu para 36,8%, de acordo com os dados.

Rendimento médio
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, calculado em R$ 1.515,10, teve recuo de 0,7% na comparação mensal e aumentou 5,9% frente a dezembro de 2009. O ano de 2010 apresentou a maior média do rendimento médio mensal habitual (R$ 1.490,61) em sete anos, o que representou um ganho de 3,8% em relação a 2009.

"A inflação tem um peso sobre um progresso mais tímido do rendimento. Ficou mais baixo do que se poderia esperar, visto que teve mais carteira assinada. A inflação funciona como uma espécie de barreira para o rendimento", disse o economista do IBGE.

No ano passado, o rendimento médio ficou em R$ 1.490,61, maior nível da série histórica, ante R$ 1.436,69 em 2009. São Paulo ficou com o maior rendimento nacional, de R$ 1.615,73, enquanto o menor foi visto em Recife, de R$ 1.051,11.