Os associados ao Stecad (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Conservação e Asseio de Dourados) iniciaram, esta semana, a campanha que vai definir as cláusulas da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) para vigorar a partir de janeiro. Entre as principais reivindicações, a categoria reclama um reajuste de 10% sobre o índice do Governo em relação ao salário mínimo.
Os trabalhadores, reunidos em assembleia geral quinta-feira (12), avaliaram os resultados de estudo elaborado pelo Nape (Núcleo de Análise e Pesquisas Econômica) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que considera a necessidade de cerca de 90 horas trabalhadas, de uma carga horária semanal de 220 horas, para se adquirir uma cesta básica, por exemplo.
“Os estudos do Núcleo da UFGD mostraram que o custo da cesta básica hoje equivalem a 38,67% do salário mínimo; então, o que estamos pleiteando nada mais é do que repor as perdas”, disse ao Douranews o presidente do Stecad, Geraldo Sales.
O piso salarial dos associados da entidade está calculado em R$ 690, acrescido da gratificação por função exercida em relação ao posto de serviço e mais R$ 115 a título de ticket-alimentação. Com essa soma, o menor salário pago pelas empresas do setor, em Dourados, é estimado em R$ 1.067.
Geraldo Sales disse que os trabalhadores esperam obter um aceno favorável dos empresários do setor até o dia 1 de janeiro, quando deve ser homologada a CCT junto ao Sindicato patronal, em Campo Grande.
Ainda na assembleia, os trabalhadores discutiram os índices reivindicados de 7% a título de gratificação mensal pela prestação de serviço em locais específicos; 30% de adicional de periculosidade para os trabalhadores do setor industrial; 40% para atuação em áreas insalubres; a reposição dos valores do ticket-alimentação para R$ 200 (equivalente a R$ 9,09 por dia trabalhado); e um abono de assiduidade de R$ 130, a ser incorporado ao vale-alimentação, como forma de incentivo ao bom rendimento dos trabalhadores.
Vantagens ao associado
O Stecad congrega os trabalhadores da limpeza pública, incluindo o pessoal administrativo e servidores terceirizados das áreas de saúde, industrial, órgãos públicos e demais repartições, representando atualmente um contingente superior a 2.600 associados.
Geraldo disse que a entidade oferece convênio diversificados no comércio, clínicas de atendimento médico e de fisioterapia, além de benefício social aos trabalhadores, o cônjuge e filhos até 18 anos em casos de morte ou aposentadoria por invalidez, por exemplo. Até meados do primeiro semestre do ano que vem, será criada uma escola de formação de mão-de-obra para qualificação profissional.