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Economia

A histeria das compras coletivas

09 janeiro 2011 - 12h17Por Redação Douranews, com Assessoria

Cada vez mais empresas se lançam no Brasil no segmento mais promissor do comércio eletrônico. Haverá espaço para todos?

Você provavelmente nunca ouviu falar deles: Sapo Turco; Arara Urbana; Macaco Roxo; Canguru Urbano; Pinguim de Praia. Há algo a mais em comum aqui do que a semelhança entre nomes. Todos são sites que foram ao ar nas últimas semanas. Juntamente com dezenas de outros, eles dão corpo ao maior fenômeno recente da internet brasileira — a proliferação de portais de compras coletivas. Ao oferecer descontos massivos em serviços e produtos a grupos de compradores durante curtos intervalos de tempo, esses sites viraram febre na rede. Segundo o Ibope Nielsen, 7,4 milhões de brasileiros acessaram sites de compras coletivas em outubro. O mercado cresce a um ritmo de 30% ao mês, em média, e deve terminar o ano com faturamento de 500 milhões de reais. A febre, como se vê, não corre apenas entre os consumidores. O primeiro site do gênero foi lançado no Brasil há nove meses. Hoje, há pelo menos 400 negócios de compra coletiva em funcionamento no país.

No início de dezembro, o Groupon, primeiro site de compras coletivas do mundo, causou surpresa ao rejeitar uma oferta de compra do Google, de 6 bilhões de dólares (se concretizada, essa seria a maior aquisição da empresa de Sergei Brim e Larry Page até hoje). No mesmo mês, o apresentador Luciano Huck comprou, por valores não divulgados, 5% do Peixe Urbano, primeiro site do segmento no Brasil. Negociações como essas só fazem crescer a reputação das compras coletivas como modelo de negócio infalível — e como um dos mais lucrativos da história da internet.

Se tudo der errado em uma promoção, em tese, ninguém estaria perdendo dinheiro — elas são válidas apenas quando um número mínimo de compradores for atingido. Já se tudo correr bem, todos seriam beneficiados. Compradores, por garantir o direito de consumir serviços e produtos com descontos de até 90% do valor original; donos de estabelecimentos, por ganhar nova clientela. E os sites, por fim, por receber uma generosa comissão pelas vendas dos cupons, em geral de 50% do total arrecadado. Em todo o mundo, poucas vezes se viu tanta cobiça sobre um segmento do comércio eletrônico. Mas haverá espaço para todos que queiram se lançar?