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Economia

Lição de casa dos pais: pesquisar preço do material escolar

08 janeiro 2011 - 17h25Por Redação Douranews/ com Veja Noticias

Pesquisar preços. A tarefa é obrigatória para os pais, enquanto crianças e adolescentes curtem o mês de férias escolares. Levantamento feito em seis capitais brasileiras mostra que os preços do material escolar podem variar mais de 260% em uma mesma cidade. Considerando-se que as listas incluem dezenas de itens, encontrar os menores preços pode levar a uma economia e tanto.

Para a comparação de preços, a reportagem escolheu duas papelarias em cada cidade pesquisada, respeitando dois critérios: os estabelecimentos devem oferecer ao menos 50% dos itens básicos das listas escolares e estar localizados em diferentes regiões das respectivas capitais. O levantamento foi feito entre os dias 4 e 7 de janeiro em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Porto Alegre e Manaus.

A pesquisa de preços pode evitar gastos desnecessários e até o endividamento, lembram os especialistas. "O início do ano é recheado de despesas de vulto, como o IPVA e o IPTU. Daí a importância do planejamento antecipado", diz Evaldo Alves, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Encontrado o estabelecimento onde a compra será feita, deve-se atentar à forma de pagamento. Seguindo a tendência da economia, as papelarias também permitem o parcelamento. Mas deve-se usar de cautela: “Muito gente prefere parcelar a compra, mas a opção só é válida quando não existem juros envolvidos.”

Outras práticas aconselhadas pelos especialistas podem ajudar o bolso. É o caso da reutilização de itens usados no ano passado pelas crianças - desde que em perfeito estado, é claro -,  da compra coletiva e da aquisição dos produtos nas escolas. Cada um deles deve ser analisado cuidadosamente. Em todas as situações, contudo, os pais devem atentar para um fato: em suas listas, as escolas não podem exigir produtos de determinada marca, o que configura prática ilegal, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor.

Na compra coletiva, os pais se reúnem para adquirir produtos em um único estabelecimento. O grande volume da aquisição possibilita, em geral, melhores preços. Essa é a sugestão do Procon para que os pais reduzam as despesas de início de ano com material escolar. Curiosamente, sites de compra coletiva como Peixe Urbano e Groupon ainda não descobriram o filão.

Outra orientação do Procon é fugir do comércio informal. Esses estabelecimentos ou mesmo vendedores ambulantes oferecem preços tentadores, mas não emitem nota fiscal, garantia legal para o consumidor em caso de problemas com os itens adquiridos, nem produtos certificados por órgãos responsáveis. Em resumo: o barato pode sair caro.

A aquisição da cesta escolar na própria instituição de ensino já é uma tradição em alguns estabelecimentos. É o caso do Colégio Santa Maria, em São Paulo. A escola organiza a montagem de kits de acordo com a demanda dos pais. "Oferecemos todos os produtos das listas de material escolar: os pais decidem se querem comprar conosco ou não", diz Denise Limeira, responsável pela operação. O serviço já é oferecido pela instituição há mais de uma década. Neste ano, cerca de 70% dos pais devem aderir ao modelo.

Para oferecer o serviço, o Santa Maria não foge à regra: faz uma pesquisa de preços entre as papelarias da cidade, além de contatar diretamente atacadistas. "Além de oferecer economia e comodidade aos pais, temos a certeza de que nossos alunos utilizam um material confiável". afirma Denise.

Evaldo Alves, da FGV, julga positiva a iniciativa das escolas. Mas não dispensa os pais da lição de casa: pesquisar preços - e pesquisar muito. "Mesmo que a escola ofereça a venda do material ou indique um papelaria de confiança, os pais devem estar seguros da qualidade do produto e da eventual vantagem econômica. Vale a pena visitar outros estabelecimentos antes de fechar negócio."

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