O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira (6) que o mercado de crédito ao consumo deve crescer cerca de 10% em 2011, pouco abaixo dos 15% registrados no ano passado. Tombini garantiu que o BC está atento a possíveis bolhas no setor.
- Não é nada que requeira medidas prudenciais. Mas somos pagos justamente para monitorar o mercado de crédito. O mercado de consumo vai continuar crescendo, mas a um ritmo mais moderado.
O principal estímulo a ser feito, segundo Tombini, é sobre o mercado de crédito imobiliário. Enquanto o crédito total já alcança metade do PIB brasileiro (soma de todas as riquezas produzidas do país), o crédito imobiliário responde por menos de 5%, de acordo com o presidente do BC.
- É natural em um país que tenha uma demanda reprimida de 6 milhões de unidades que o crédito imobiliário tenda a crescer e a preencher a participação nas carteiras de crédito das instituições.
Tombini alertou, no entanto, que o BC continuará monitorando os excessos no mercado e citou como exemplo as recentes medidas tomadas sobre o cartão de crédito, quando o Conselho Monetário Nacional aumentou o valor mínimo de pagamento de 10% para 20% para evitar o endividamento das famílias.
- Quanto mais incluída financeiramente a população estiver, tanto mais são as oportunidades de crescimento criadas. O nosso trabalho de política monetária fica facilitado nesse processo. Mas essa inclusão tem de se dar de forma sustentável, uma expansão segura.
