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Economia

Sem Lula, famílias de baixa renda confiam menos na economia

06 janeiro 2011 - 19h57Por Redação Douranews/ com ig

Com saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Planalto, a expectativa das famílias de baixa renda sobre os rumos da economia brasileira caiu. Segundo dados do Índice de Expectativa das Famílias de dezembro, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 55% das famílias com faixa salarial de até um salário mínimo acreditam em melhores momentos para a economia em 2011. Outros 23,7% apostam em piores momentos. Os resultados são inferiores à média nacional, em que 60,4% acreditam em melhora e 19,8% em piora no cenário econômico.

Em relação ao boletim anterior, houve uma piora no quadro das expectativas das famílias de baixa renda. Em novembro, 63,9% das famílias com faixa salarial de até um salário mínimo acreditavam em melhora no quadro econômico, enquanto 17,1% apostavam em piora. A média nacional, por sua vez, era 64% para melhora e 15% para piora.

Entre as famílias com maior renda, o otimismo superou a média nacional em dezembro. Para aquelas com ganhos de 2 a 4 salários mínimos, 63,7% se mostrou otimista; entre 4 e 5 salários, 60,5% estava otimista; de 5 a 10 salários mínimos, 65,8% apostam em um quadro econômico mais favorável; e 61,5% entre as famílias com renda de mais de 10 salários mínimos.

“As famílias brasileiras mostraram em dezembro uma leve queda no otimismo com o comportamento socioeconômico nacional, seja para o período de um ano, seja para o período mais extenso, que atinge cinco anos”, informou o Ipea.

Na avaliação de longo prazo, o otimismo das famílias brasileiras também caiu: 57,4% apostam em melhores momentos para a economia nos próximos cinco anos, enquanto 16,6% acreditam em piores momentos, outros 25,7% não souberam responder.

As famílias da região Centro-Oeste são as mais otimistas com a economia nos próximos cinco anos, com 64,5% de otimistas. Já a região Norte tem o pior índice de otimismo, com 45% das famílias. Entre os pessimistas, o maior índice é das famílias do Nordeste (23,8%), seguido pelo Sudeste (15,2%). A média nacional foi de 16,6%.

Consumo e finanças

Em dezembro, 77% das famílias brasileiras pesquisadas disseram estar melhor financeiramente que um ano antes. “Em contrapartida, verifica-se que apenas 19,8% sentem-se em pior situação atualmente que em relação a um ano atrás”, disse o Ipea.

Com relação às perspectivas para os próximos 12 meses, 81% das famílias disseram esperar melhores condições financeiras, enquanto 8,2% projetam estar em situação pior.

Por outro lado, o otimismo cai quando o assunto é a expectativa de consumo das famílias. Para 54,3% dos pesquisados, o presente é o momento ideal para a aquisição de bens de consumo duráveis, enquanto 41,2% acreditam que o atual momento não seja propício para as compras.

“A região nordeste é ainda aquela em que o otimismo é maior, com 62,2% das famílias acreditando ser um bom momento para o consumo. Na região Sul há, pela primeira vez, uma proporção maior de famílias receosas em consumir do que famílias otimistas, com a região permanecendo a menos otimista nesse quesito (aproximadamente 45% de otimistas e 51% de pessimistas)”, completou o Ipea.