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Economia

Impostos e varejo pulverizado barram megaliquidações

06 janeiro 2011 - 15h02Por Redação Douranews/ com folha.com

Sempre no início do ano, varejistas fazem liquidações vistosas para queimar o estoque que sobrou do Natal. São iniciativas praticamente simultâneas e muito parecidas, que oferecem descontos de mais de 50% e longos parcelamentos.

Mas não são campanhas coordenadas entre as diferentes redes, como acontece nos Estados Unidos, por exemplo, na chamada "Black Friday", última sexta-feira de novembro.

No evento americano, as maiores lojas do país, presentes em quase todos os Estados, derrubam, em massa, os preços. E os consumidores formam longas filas para não ficar sem produtos.

A origem do nome (sexta-feira negra, em português) vem da tradição de que os comerciantes com contas no vermelho podem aproveitar o dia para reverter a situação.

"No Brasil, o perfil do varejo dificulta iniciativas assim", diz Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Pellizzaro ressalta que as grandes redes têm pouca capilaridade no mercado brasileiro, o que é uma barreira a ações amplas e coordenadas.

"São os pequenos varejistas, que não costumam ter excedente de estoque que compense grandes promoções, os responsáveis por 70% do mercado", completa.

Já nos EUA, lojas como Walmart, Target, Macy's e Best Buy dominam o varejo. A receita total de vendas na "Black Friday" 2010 chegou a US$ 10,7 bilhões: 0,3% maior que no evento de 2009.

E o fluxo de clientes aumentou 2,2%, de acordo com a empresa de informações sobre varejo ShopperTrak. A Inglaterra também tem tradição de liquidações gerais no chamado "Boxing Day", um dia depois do Natal. O nome remete à ideia de caixas de presentes ("box").

Mas, com a crise europeia, no evento de 2010 o número de compradores foi quase 30% menor que no ano anterior, de acordo com a empresa de pesquisas Synovate.

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