O presidente em exercício da Câmara, Marco Maia (PT-RS), considera a proposta do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), de aumentar o salário dos parlamenatres em 61,8%, a mais “forte” no Congresso. O incremento aos salários deve ser apreciado nesta quarta-feira.
“A proposta do Marquezelli é a que tem mais força”, disse.
De acordo com ela, o salário dos deputados saltaria de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil. O do presidente da República, passaria de R$ 11,4 mil também para os R$ 26,7 mil – aumento de 130%. O de ministros de Estado seguiriam o mesmo caminho – hoje eles recebem R$ 10,7 mil.
A previsão de impacto com o aumento do salário dos deputados e senadores não foi informada pelo Congresso. Sabe-se, contudo, que a Câmara gasta cerca de R$ 220 milhões com a folha dos parlamentares. Além do incremento, há de se analisar o efeito cascata que a medida vai gerar, uma vez que deputados Estaduais e vereadores recebem um salário proporcional ao de um deputado federal, variando de 20% a 95% dos proventos.
Temer
Durante as negociações para a aprovação do novo salário dos congressistas, uma dos fatores analisados foi a questão do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), eleito vice-presidente da República.
Com sua saída nesta quarta-feira, ele evita, perante à opinião pública, a figura de condutor da votação da matéria. Quem fará esse papel é o presidente em exercício, Marco Maia (PT-RS). A garantia dada por ele de colocar a matéria em votação e a maneira que ele vem negociando o tema foi um dos pontos que o ajudou a ser o escolhido pelo PT como candidato à presidência da Casa em 2011.
