Se o projeto for aprovado, o índice passará, a partir de janeiro de 2011, de 20% para 35%. Por outro lado, as montadoras locais pagarão menos impostos na compra de peças. O valor cai de 20% para 16%, com o objetivo de proteger o comércio interno da concorrência dos fabricantes chineses.
Segundo o economista Carlos Alberto Vitoratti, se essas mudanças se concretizarem, o comércio local sofrerá um leve impacto, pois aqui não existe nenhuma montadora e boa parte das mercadorias é comprada nos países vizinhos, por um preço muito baixo.
“Quem vai sofrer mais são estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, onde estão localizadas as grandes montadoras de brinquedos do país. Nosso estado, em especial a região da Grande Dourados, vai sentir aos poucos esta mudança”, explicou Vitoratti.
Mas o economista lembra que o empresário que compra no país vizinho, vai precisar refazer seus cálculos. “Junto com o imposto, o preço também vai subir, por isso quem sempre compra na fronteira, terá de saber equilibrar seus custos”, concluiu.
Alguns comerciantes já se manifestaram em relação ao aumento na taxa de importação, é o caso de Márcia Rocha, responsável pela seção de brinquedos de uma loja em Dourados. “Nós compramos de revendedoras que importam da China; se já era caro antes, agora vai ficar mais ainda”, reclamou.