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Economia

Federações do MS adesivam veículos contra a CPMF

15 novembro 2010 - 10h26Por Redação Douranews, com Assessoria
Os presidentes das três federações foram para o centro de Campo Grande para mobilizar a população contra o imposto do cheque

Os presidentes da Fiems, Sérgio Longen, da Famasul, Eduardo Riedel, e da Fecomércio, Edison Araújo, iniciaram na manhã deste sábado (13), no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, no centro de Campo Grande, a adesivagem de veículos contra a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) - que foi extinta em 1º de janeiro de 2008 e livrou o brasileiro de pagar uma alíquota de 0,38% toda a vez que fizesse uma transferência bancária. Na quinta-feira passada (11), já foi lançada uma campanha do setor produtivo contra a repaginação do imposto do cheque para Contribuição Social da Saúde (CSS), com alíquota de 0,1%.

Segundo Sérgio Longen, Mato Grosso do Sul foi o primeiro Estado a aderir à mobilização contra a volta do imposto do cheque, mas todas as federações das indústrias do País estão unidas, assim como as federações do comércio e da agropecuária, contra o retorno da CPMF. “É a sociedade mobilizada contra a criação de mais um imposto. Entendemos que o superávit da arrecadação federal precisar ser utilizado de melhor forma. Rever a questão da saúde é uma necessidade e o governo federal tem esses recursos e os números demonstram isso”, disse, lembrando que será um desastre para a indústria e para o resto da sociedade a criação de mais uma tarifa no Brasil.

Já Eduardo Riedel reforçou que a adesivagem de veículos é uma manifestação legítima do setor produtivo. “Estamos indo para a rua buscar o apoio da sociedade em geral. Hoje, nessa adesivagem, estamos vendo a receptividade das pessoas com a nossa mobilização contra a criação de mais um imposto. Todos estão se manifestando de maneira positiva, entendendo que realmente não cabe mais um aumento da carga tributária no Brasil”, declarou.

O empresário Edison Araújo lembrou que todos têm de arregaçar as mangas para barrar a criação de mais tributos. “O que nós precisamos é uma política de gestão pública eficiente, moderna e austera. Queremos que o governo federal mude o seu pensamento, ao invés de criar mais impostos para gerar mais receita, que ele procure fazer uma melhor aplicação dos recursos arrecadados dentro da sua gestão. Chega da carga tributária ser aumentada diariamente”, cobrou, acrescentando que essa mobilização feita hoje nada mais é do que mostrar o espírito de cidadania do setor produtivo. “Temos de conscientizar as pessoas que elas também serão prejudicadas e terão de bancar esse novo imposto. Na mais justo que estarmos aqui, as três entidades, liderando essa campanha”, concluiu.

A classe política do Estado também aderiu à campanha do setor produtivo contra a volta da CPMF e participaram da adesivagem de veículos realizada no centro de Campo Grande na manhã deste sábado. A senador Marisa Serrano reforçou que é contra a criação de um novo imposto, sendo que, no passado, já votou contra a CPMF e pretende continua votando contra. “O Brasil não precisa de mais impostos. A saúde precisa de mais dinheiro, mas a receita da União subiu enormemente nos últimos anos, mas os investimentos em saúde não mudaram. O superávit que temos na receita da União não está sendo aplicado na saúde, ou seja, não é falta de dinheiro, dinheiro tem, falta ao governo colocar a saúde como prioridade”, pontuou.

O deputado estadual Paulo Corrêa, que também participou da adesivagem, disse que outra vez o Governo Federal retoma a velha discussão de que a saúde é coitadinha e que precisa de mais recursos. “Nós já temos o orçamento que aprovamos em nível federal, estadual e municipal. O que gente vê exatamente é que nem todo dinheiro destinado está sendo aplicado na saúde como deveria ser. Para não aplicar esse dinheiro na saúde, porque querem aprovar de novo a CPMF? Será que é só para encher os cofres públicos? Isso é errado, sou contra imposto e, enquanto quiseram continuar a aprovar esse imposto, vamos bater contra”, analisou.

 

 

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