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Economia

Setor produtivo inicia mobilização contra volta da CPMF

09 novembro 2010 - 12h07Por Redação Douranews, com Assessoria

Fiems, Fecomércio, Famasul, Faems e CDL também vão lançar uma campanha contra a volta do imposto do cheque

A Fiems, a Fecomércio, a Famasul, a Faems e a CDL de Campo Grande vão promover, nesta quinta-feira (11), a partir das 9 horas, no auditório térreo do Edifício Casa da Indústria, evento de mobilização e lançamento de uma campanha contra o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que foi extinta em 1º de janeiro de 2008, livrando o brasileiro de pagar uma alíquota de 0,38% toda a vez que fizesse uma transferência bancária - emitir cheque, fazer pagamentos ou usar o cartão de débito, por exemplo.

O imposto do cheque, como ficou conhecido, seria repaginado para Contribuição Social da Saúde (CSS), com alíquota de 0,1%, e foi relançado quatro dias depois da eleição por um grupo de governadores da base aliada da presidente eleita Dilma Roussef. As entidades representativas do setor produtivo recordam que, quando era cobrada a CPMF, a saúde nas cidades do Estado e no País não era melhor e não deve melhorar com a volta do tributo ou qualquer tipo de aumento de impostos.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, essa não é a saída para garantir mais investimento na saúde pública. “Temos que nos mobilizar. Os governadores têm de encontrar outra solução. Não é possível aumentar mais a carga tributária”, comentou, referindo-se a 14 dos 27 governadores eleitos que apóiam a volta do tributo.

“A CPMF é um imposto de má qualidade e incide de forma cumulativa na cadeia produtiva, o que não é conhecido pela população. Há produtos que terão impacto de até 8% no aumento de custo. Isso quem paga não é a indústria ou o empresário, é a sociedade”, disse Longen, completando que no evento cada setor vai expor em que ponto o retorno do imposto vai prejudicá-lo.

Para ele, os cidadãos vão pagar o imposto de forma dissimulada, pois não conhecem quanto estarão pagando. “A CPMF é uma contradição, considerando a necessidade do governo de ampliar o ajuste fiscal para que ocorra a redução dos juros e da tendência de apreciação do câmbio. Ao invés de renascer o imposto, seria mais importante para o País melhorar todo o processo de gestão dos recursos públicos, sobretudo os direcionados à área da saúde. Qualquer empresa privada, quando tem dificuldade financeira, reduz os seus custos e o País não está pensando isso”, declarou.