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Banco Central diz que dívida externa brasileira volta a crescer

26 agosto 2010 - 11h59Por Redação Douranews

O crescimento da dívida externa brasileira acelerou este ano, alavancado por operações do setor privado e do setor público financeiro, o que fez piorar a relação entre dívida e reservas internacionais, segundo números apresentados pelo Banco Central.

Se em dezembro de 2009 as reservas internacionais do País correspondiam a 120% da dívida externa total, em julho deste ano essa relação caiu a 109%, apesar do crescimento constante das reservas.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que a redução da posição credora do Brasil tem refletido o aumento do endividamento das empresas, processo que diz considerar positivo, uma vez que o País goza de credibilidade e as condições de financiamento são mais razoáveis que no passado.

A dívida externa total somou 235,4 bilhões de dólares em julho, segundo estimativa do BC, ante 198,2 bilhões de dólares em dezembro de 2009. Do total devido, 185,7 bilhões de dólares correspondem a dívida de médio e longo prazos (prazo superior a um ano).

"Se você se endivida no médio e longo prazo com taxas mais razoáveis, com prazos mais dilatados, e as empresas que o fazem são aquelas voltadas para o setor exportador basicamente, isso é positivo também", afirmou Lopes a jornalistas. O economista, ainda, que o ritmo de aquisição de reservas segue "bastante razoável" e que a relação entre reservas e dívida externa ainda está "longe da estabilidade".

O Brasil passou a ser credor externo líquido em janeiro de 2008 após o Banco Central ter acelerado seu programa de compra de reservas. A recompra de dívida externa soberana e a antecipação de pagamentos pelo Tesouro Nacional também contribuíram para o processo.

No final de 2006, as reservas correspondiam a 50% da dívida externa total.

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