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Construção civil bate recorde de empregos formais em 2010

12 maio 2011 - 20h18Por Redação Douranews, com Agência Estado
A construção civil criou 254,1 mil novos empregos formais no ano passado, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base em informações da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho. O número representa o recorde histórico para o setor – a entidade começou a fazer o levantamento em 1996.

A quantidade de novos postos de trabalho gerados pela construção no ano passado representa uma evolução de 43,5% em relação à criação de empregos de 2009, quando o setor contratou 117,1 mil novos profissionais.

Os jovens, de até 24 anos, ocuparam a maior parte das vagas criadas: 118,6 mil pessoas com este perfil conseguiram emprego na construção civil no ano passado. Depois, aparecem os profissionais com idade entre 30 e 39 anos, que ocuparam 51,4 mil vagas de trabalho, criadas em 2010.

O estudo do Dieese mostra que, entre as ocupações que mais contrataram em 2010, o emprego de “servente de pedreiro” encabeça a lista, com 142,8 mil novas vagas. Depois, vêm os pedreiros, com 19,8 mil novas vagas, e auxiliar de escritório em geral, com 8.279 postos.

Por outro lado, entre as ocupações que mais demitiram, estão vagas como aplicador de asfalto, com a eliminação de 207 ocupações e o operador de caminhão, em minas e pedreiras, com 208 postos formais eliminados, segundo o Dieese.

Alta rotatividade

A pesquisa mostra ainda que, em 2010, a construção civil apresentou, de novo, alta rotatividade. No ano passado, 2,463 milhões de pessoas foram admitidas, mas 2,209 milhões foram demitidas. Essa movimentação do setor é encarada como um problema pelo Dieese. Para a entidade, “um dos motivos é a particularidade do processo produtivo”.

- A duração do tempo de trabalho na construção se dá por contrato temporal ou empreitada, ou seja, o contrato de trabalho desses trabalhadores se encerra assim que termina determinada fase da obra, ou, em alguns casos, os trabalhadores são transferidos para outros canteiros.

No entanto, o principal problema “é a redução dos custos para a construtora, pois a rotatividade rebaixa o salário dos trabalhadores do setor”.

Salários

A maior parte dos trabalhadores que ocuparam as vagas criadas no ano passado ganha entre um e 1,5 salário mínimo – ou seja, de R$ 545 a R$ 817,50. Quase 200 mil pessoas se encaixam nessa faixa de renda.

O salário médio real dos admitidos em 2010, entretanto, é um pouco maior: o trabalhador da construção civil entra ganhando, em média, R$ 894,78.

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