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Brasil bate recorde de vagas com carteira assinada

19 outubro 2010 - 14h10Por Redação Douranews com TErra

A geração de empregos com carteira assinada entre janeiro e setembro deste ano atingiu 2,2 milhões, um recorde para o período, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho. Somente em setembro, foram gerados 246.875 mil empregos formais, o quarto melhor resultado da série histórica.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia previsto, há cerca de um mês, que o resultado para setembro seria recorde histórico, o que não se confirmou. Para Lupi, isso se deve aos efeitos sazonais que interferem na criação de vagas temporárias.

"Isso não mostra desaquecimento da economia. Em alguns meses de setembro há maior crescimento em relação a agosto, em outros o crescimento é menor, principalmente por conta das safras. No Nordeste, a indústria sucroalcooleira contratou bastante. Em contrapartida, a produção de café em Minas Gerais e São Paulo diminuiu, o que levou a grandes demissões. É um comportamento normal, são pequenas variações que tendem a se acomodar com o tempo", afirmou.

Mesmo com a previsão de recorde não confirmada em setembro, o ministro acredita que os índices de geração de emprego de outubro e novembro serão os maiores já registrados pelo Caged. "Acredito que vamos continuar batendo recorde e 2010 será o melhor ano da geração de empregos do País", declarou.

Os números de admissão e demissão de funcionários em setembro foram recordes para o mês: 1,7 milhão e 1,5 milhão, respectivamente. Segundo Carlos Lupi, os índices mostram o aquecimento e a alta rotatividade da economia brasileira. "A maior prova da movimentação da economia é que há muita contratação e muita demissão. Nos próximos meses vamos fazer um balanço da rotatividade, pela primeira vez, para estudar esse fenômeno", disse.

Ganho salarial

De janeiro a setembro deste ano, houve um aumento no valor médio do salário de admissão de 5,23%, descontada a inflação, em relação ao mesmo período de 2009. Em valores, o salário inicial médio passou de R$ 788,55 para R$ 829,76. Desde 2003, esse valor subiu 29,51%. Há sete anos, o salário médio inicial era de R$ 640,68.

Os homens, no entanto, continuam recebendo salários mais altos do que as mulheres. Na comparação entre os primeiros nove meses de 2009 e 2010, os homens tiveram aumento real de 5,52% no salário inicial, enquanto o aumento entre as mulheres foi de 4,64%.

"Continua forte a diferença entre homem e mulher, o que é um absurdo, principalmente entre os níveis mais altos de escolaridade. Há muito mais mulheres com níveis altos de escolaridade, por isso paga-se menos que ao homem. Em média, o salário de um homem paga o salário de uma mulher e meia", destacou o ministro do Trabalho.

 

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