Menu
Buscarquarta, 08 de maio de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
28°C
Economia

Alta nos combustíveis – Sinpetro culpa entressafra

01 maio 2011 - 00h00Por Carlos Marinho/Renan Bonzanini
Para vice-presidente do Sinpetro, o alto preço do barril de petróleo e a falta da cana-de-açúcar são os principais vilões

Os preços dos combustíveis vêm sofrendo constantes aumentos, com a gasolina tendo ultrapassado a marca dos R$ 3,00/l, e o etanol variando em torno de R$ 2,50. Com isso, os usuários de veículos são obrigados a pesquisar os locais onde essa variação é menor para diminuir o prejuízo com o abastecimento.

O Douranews conversou com o vice-presidente do Sinpetro-MS, José Tarso Moro da Rosa, que aponta com o culpados pela alta considerável nos preços de combustíveis “o alto preço do barril de petróleo e principalmente a falta de cana-de-açúcar, já que atravessamos o período da entressafra”. Ele acrescenta ainda que “como a gasolina hoje tem em sua composição 25% de etanol, a soma desses fatores provocam um reflexo ainda maior nos aumentos”.

Segundo Tarso, “por conta do aumento do etanol muita gente está abastecendo seus veículos com gasolina, o que já vem provocando a falta do produto no mercado brasileiro”. Em São Paulo, várias cidades têm acusado problemas com a falta de gasolina, e essa fato vem sendo percebido em todo o mercado brasileiro, e conforme comentou o vice-presidente do Sinpetro MS, “a situação está bastante complicada porque as refinarias não estão conseguindo acompanhar o ritmo de venda da gasolina. Por isso, não está descartado um novo aumento no preço dos combustíveis para Dourados”, avaliou Tarso.

Pesquisa

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Procon, o etanol foi o combustível que apresentou a maior variação de preço, chegando a variação a 20% e com isso o produto que era encontrado no mês fevereiro na média de R$ 1,95, em abril chega a ser cobrado  de R$ 2,34 até R$ 2,49, o litro.
A pesquisa também analisou os preços da gasolina comum, da aditivada e do óleo diesel. A gasolina comum foi o segundo combustível que teve maior reajuste de preços. Nos últimos 70 dias o produto que custava em torno de R$ 2,69, teve aumento de mais de 10%, variando agora de R$ 2,96 a até R$ 3,136.
Por outro lado, a gasolina aditivada não teve uma grande variação de custo. O preço mais alto verificado foi de R$ 3,187, apontando para um aumento de 9,5%.

A pesquisa dos preços do óleo diesel revelou um aspecto curioso: o produto não sofreu nenhuma alteração no custo, o que para o Procon torna o aumento da gasolina um fato enigmático, em razão de, como a gasolina, ser também derivado do petróleo.
Consumidores

A atendente Jaqueline Mendonça reclama que a cada dia que passa, está mais difícil de se controlar os gastos, por conta de tantos aumentos. “Já pagamos um monte de impostos e, para complicar ainda mais, os aumentos dos preços dos combustíveis estão um absurdo. A cada dia que passa fica mais caro. Isso é uma vergonha”, diz ela ao questionar: “Até onde vai isso”?

Por sua vez, como disse ao Douranews, o vendedor Julio Silva Pereira viaja muito e para ele, a situação está cada vez pior, principalmente quando chega o final do mês. “Aí você vê a diferença; a cada semana que passa os preços estão aumentando um pouco e quando vamos ver, chega a ser um abuso”, acrescentando que “o pior é que o preço dos combustíveis só sobem;  baixar que é bom, fica só na promessa”, lamentou.

Outro consumidor que está indignado é o autônomo Luiz Augusto Ribeiro. Para ele “é uma vergonha esse preço”. Ele discorda das opiniões dos especialistas e proprietários de postos, assim como das autoridades. “Não é possível uma coisa dessas; a gasolina está custando R$3,10 e você vê na imprensa que as autoridades afirmam que o Brasil é auto-suficiente nos combustíveis”, e reclama: “Onde já se viu? Cobrar um absurdo desses”!

Luiz Augusto complementa, revoltado. “Pra você ver como os políticos não estão nem aí, está o exemplo que aconteceu aqui em Dourados. Ontem cedo, novamente foram presos políticos em Dourados. O que acontece é que eles ficam preocupados em roubar e não fazem sua obrigação, que é fiscalizar”, acrescentando que “o governo tinha que fazer um acordo com os usineiros e as montadoras de veículos para ver o quanto as usinas de álcool podem produzir, para aí sim, as montadoras fabricarem os carros necessários, evitando que continuem acontecendo esses problemas.


Deixe seu Comentário

Leia Também