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Economia

Bancários decidem encerrar a greve nacional

14 outubro 2010 - 11h14Por Redação Douranews

Os trabalhadores do sistema bancário de Dourados e Região aprovaram na noite deste quarta-feira (13) , em assembléia realizada na sede do Sindicato, as propostas apresentadas na segunda-feira pela Fenaban, pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, e colocaram fim na greve que já durava duas semanas.

Cerca de 120 trabalhadores participaram da assembléia, repetindo o gesto da maioria da categoria em todo o País, de votar a favor do fim do movimento. Apenas uma abstenção foi registrada entre os presentes na assembléia do sindicato em Dourados.

A proposta da Fenaban inclui para os bancos da rede privada reajuste de 16,33% nos pisos (aumento real de 11,54%), reajuste de 7,5% (aumento real de 3,08%) para quem ganha até R$ 5.250 (o que engloba 85% da categoria) e em todas as verbas salariais, incremento na PLR e inclusão na Convenção Coletiva, pela primeira vez, de mecanismos para combater o assédio moral no trabalho e a falta de segurança nas agências.

De acordo com a proposta direcionada aos trabalhadores do Banco do Brasil, o valor do VP (vencimento padrão) do trabalhador na categoria E-1 passa a ser de R$ 1.600,00 (incluída a gratificação semestral de 25%), o que significa um reajuste de 12,99% no período, com aumento real de 8,34%. De 2004 até 2010, significa um aumento de 77,67%, ou seja, aumento real de 26,10% em relação ao INPC do mesmo período. A implantação do PCR (plano de cargos e remuneração), outra proposta aprovada, inicia o processo de tornar realidade o que vem sendo debatido na mesa temática de remuneração. A carreira de mérito (M) é uma antiga reivindicação do funcionalismo, desde a década de 1990. Com ela o funcionário irá incorporar parte das comissões que exerce, sendo que neste primeiro momento o tempo para aferição será retroativo a 2006.

Serão 25 níveis M, com valor de R$ 88,32 cada, adquirido a cada 1.095 pontos acumulados. O tempo máximo para acumular essa pontuação será de três anos para os cargos de menor complexidade. A partir de agora também não poderá ser descomissionado o trabalhador sob o argumento de que sua GDC (gestão de desempenho e competências) tenha sido negativa em um único ciclo. Serão necessárias, pelo menos, três ciclos negativos na GDC para que o superior possa descomissionar sob esse argumento. O critério vale para todos os comissionados, exceto os AP 4 (gerente de divisão, assessor máster) ou acima e gerentes gerais de agências.

Durante as discussões com a Caixa a principal conquista, segundo o sindicato, foi a elevação do piso da carreira administrativa. No piso de ingresso, o reajuste proposto é de 10,19%, o que o eleva para R$ 1.600 durante o estágio probatório. Para o empregado com tempo de trabalho superior a 90 dias, será procedida a sua mudança da referência 201 para a 202, tendo por resultado um reajuste de 12,74% no piso salarial. Essa sistemática de mudança da referência após 90 dias passa a ser praticada daqui pra frente. Até então, a mudança só se dava após dois anos de trabalho. Nas demais referências, além dos 7,5% de reajuste, será agregado um valor linear de R$ 39. Isso resulta em reajustes que variam de 8,4% a 12,74% nos valores da tabela.

A carreira profissional também terá enquadramento automático no segundo nível, após conclusão do contrato de experiência de 90 dias, saindo da referência 801 para 802 de sua tabela. A representação dos empregados cobrou a promoção por mérito de 2009 e obteve da Caixa a garantia de aplicação de um delta para todos, retroativamente a janeiro deste ano. Além disso, fora o pagamento desses itens, a Caixa concordou com a reivindicação de PLR Social, uma PLR extra correspondente a 4% do lucro líquido distribuído linearmente.

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