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Agronegócio

Nutrição de qualidade contribui para a produtividade na avicultura sem o uso de antibióticos

24 fevereiro 2021 - 19h14

O mercado global de proteínas animais promove uma forte e crescente campanha para redução do uso de antibióticos nos sistemas de produção. “No Brasil, esse movimento está cada vez mais forte, a ponto de diversas moléculas já serem proibidas pelo Mapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O desafio das indústrias de insumos é desenvolver alternativas a essas moléculas, além de controle sanitário elevado, tendo como foco o desempenho dos animais. Isso através da nutrição e da biosseguridade das granjas”, explica Juliana Rezende, zootecnista da Trouw Nutrition.

“Na avicultura de corte, esse trabalho começa antes mesmo de incubar o ovo. A atenção começa com a matriz, que tem necessidades nutricionais especiais, refletindo-se diretamente no desempenho dos pintinhos. A qualidade e a segurança dos alimentos são responsáveis pelo nascimento de aves saudáveis e livres de contaminação. Aqui, a prioridade é a prevenção de doenças e de qualquer contaminação por microorganismos patogênicos e também o fornecimento do aporte necessário de vitaminas, aminoácidos e minerais que as aves necessitam para ter uma boa resposta imune, deixando seu organismo forte o suficiente para enfrentar os desafios do início da vida produtiva dos pintinhos de corte”, reforça a zootecnista.

Especialista da Trouw Nutrition reforça importância de desenvolver alternativas de controle

sanitário, tendo como foco a nutrição e a biosseguridade das granjas

A formulação da dieta das matrizes também precisa levar em consideração a genética de frangos de corte, ou seja, possuem maior aptidão para ganho de massa muscular, mas não podem ganhar muito peso – ao contrário da produção de frangos de corte. Juliana Rezende recomenda alimentação com níveis adequados de proteína e energia visando a reprodução, além da alta qualidade dos ingredientes das rações.

A especialista da Trouw Nutrition destaca a importância de uma biosseguridade robusta, como forma de impedir a entrada de microorganismos nas granjas. “Há diferentes formas de contaminação. Pode acontecer via insumos e ração. Por isso, é necessário estabelecer um programa de monitoramento de fungos e Salmonella, entre outros, tanto na granja quanto na fábrica de ração”, complementa Juliana.

O manejo preventivo das matrizes leva em consideração três pilares: manejo, nutrição e ambiência. “A ambiência significa ter ambiente menos estressante, com temperatura, umidade, água e ração ideal para cada fase e também higienização de todas as instalações. Tanto a resposta imune quanto a contaminação por microorganismos são passadas das matrizes para os ovos incubáveis, e, consequentemente, podem ser transmitidas para os pintinhos. Sabe-se que a casca dos ovos são porosas e portanto é fundamental a coleta constante, para que não haja contaminação do ambiente para o ovo. Em seguida, eles devem ser levados para a incubação em um ambiente limpo”, aconselha a técnica.

Juliana Rezende ressalta que o desenvolvimento dos frangos de corte é muito rápido e, da mesma forma, as exigências nutricionais se alteram com frequência. Por isso, é importante ter o acompanhamento de um nutricionista que identifique essas necessidades com maior precisão. “Em teoria, na produção de aves de corte poderíamos elaborar uma dieta diferente por dia, mas como não é viável devemos encontrar o maior nível de precisão de nutrientes para cada fase, levando em consideração a infraestrutura da granja, a prevenção de doenças e o potencial de desenvolvimento das aves”, conclui a consultora técnica da Trouw Nutrition.