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Agronegócio

Mapa proíbe vacinas de 5 ml na campanha de aftosa deste ano

03 abril 2019 - 21h43

Em resposta aos questionamentos das agências de defesa sobre a destinação das vacinas de doses de 5 ml, utilizadas na vacinação contra febre aftosa e estocadas nas revendas, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) distribuiu nesta terça-feira (2) um comunicado com importantes orientações sobre a comercialização e utilização do produto, válidas para todo o país.

Por meio do Comunicado 45, assinado pelo chefe de Saúde Animal do Ministério, foi determinado que as vacinas bivalentes e trivalentes de 5 ml não poderão ser mais comercializadas pelas revendas e utilizadas pelos pecuaristas.

Segundo o diretor-presidente da Iagro (Agência estadual de Vigilância e Sanidade Animal) em Mato Grosso do Sul, Luciano Chiochetta, o comunicado destaca o memorando 74, de dezembro do ano passado, que ajustava procedimentos de transição para redução da dose. O documento autorizou a utilização da vacina com dose de 5 ml até trinta dias antes do início da primeira campanha de vacinação de 2019, que começa oficialmente no dia 1º de maio no Estado. O mesmo documento orientou que qualquer vacina com essa posologia (estoque remanescente) deveria ser recolhida pelo setor privado.

Luciano destacou ainda que o Departamento de Fiscalização e Insumos pecuários do Ministério estabeleceu, juntamente com o Sindan (Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Saúde Animal), ainda em novembro do ano passado, um planejamento com o cronograma para que a partir deste ano fossem utilizadas apenas as vacinas bivalentes com a nova dosagem de 2 ml.

As vantagens na redução da dose, segundo Luciano, é que ocorrerão menos reações nos animais (caroços, inchaço) e com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço, facilitando o transporte e reduzindo o custo de refrigeração, observa.

O documento com as orientações do Mapa foi disponibilizado a todas as revendas do Estado imediatamente ao seu recebimento pelo Coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa, o fiscal estadual agropecuário e médico veterinário, Fernando Endrigo Ramos Garcia.

A alteração da dosagem da vacina – hoje obrigatória em bovinos e bubalinos – e sua retirada definitiva em todo país faz parte do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) que busca a mudança de status para ‘livre de febre aftosa sem vacinação’. A ação deve reduzir o custo da produção, ampliando a competividade, ficando a carne brasileira ainda mais suscetível a conquista de novos mercados.

O Plano Estratégico

Para a execução do Pnefa, os Estados foram divididos em cinco blocos pecuários para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Retirada da vacinação até 2021

Mato Grosso do Sul, que tem se mantido entre os três estados com melhor percentual de cobertura vacinal do País, e é destaque nacional pela excelência do serviço oficial de defesa agropecuária, vem trabalhando com afinco na agenda do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção que prevê a retirada definitiva da vacinação contra a febre aftosa até 2021. O programa está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), e as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), em prol também da erradicação da doença na América do Sul.

Vacinação obrigatória – Dicas

Na campanha deste ano, além de chamar a atenção para a obrigatoriedade da vacinação, a nova dosagem e informar o calendário a Iagro, as agências de todo País reforçarão aos pecuaristas os cuidados sobre todo processo até a aplicação da vacina e depois disto, conforme dicas que seguem:

Compre as vacinas somente em lojas registradas.Verifique se as vacinas estão na temperatura correta (2°C a 8°C).Para transportá-las, use caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre.Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação. Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos.Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para a boa vacinação.Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 2 ml.O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma.Não esqueça de preencher a Declaração de Vacinação e entregá-la na Iagro junto com a Nota Fiscal de compra das vacinas.