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Novo porto seco em Corumbá vai tornar Estado exportador para a Bolívia e vizinhos

03 dezembro 2018 - 11h36

O Governo de Mato Grosso do Sul defendeu a implantação de um novo porto seco em Corumbá com estrutura rodoferroviária para se integrar à Ferrovia Malha-Oeste, cuja recuperação foi garantida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro com investimentos de R$ 5 bilhões. O desenvolvimento logístico é estratégico para o Estado e o ramal ferroviário na área alfandegária é fundamental para atender o crescente comércio com a Bolívia.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, participou da audiência pública promovida pela Receita Federal sobre o novo porto seco, em Corumbá, na terça-feira (27) passada, e sugeriu a construção do terminal ferroviário, que não estava contemplado no edital da nova estrutura. A proposta deve alterar o projeto original, cuja licitação está prevista para abril de 2019.

“O que destacamos na audiência foi que o porto seco deve ter a dimensão de prever o que nós, como Governo do Estado, temos como meta para o desenvolvimento futuro de Corumbá e região “, disse. Ele citou o empenho do governador Reinaldo Azambuja para efetivar a reconstrução da Malha-Oeste e concretizar a implantação do corredor biocecânico – que ligará o Porto de Santos (SP) ao porto de Ilo, no Peru, passando por Mato Grosso do Sul.

Para o secretário, as alterações sugeridas no edital garantem uma nova estrutura alfandegária que não venha a atender as necessidades de Corumbá para agora, mas para os próximos 25 anos, com a inversão do fluxo de mercadorias na fronteira a partir da exportação de ureia e outros produtos pela Bolívia. “Éramos eminentemente exportadores, contudo passamos a importar 300 mil toneladas de ureia e já sinaliza-se contratos de cloreto de potássio”, pontuou.

Outro fator preponderante nessa discussão, adiantou Verruck, que deve ser considerada, é a posição tomada pela Bolívia de eleger a Hidrovia do Paraguai como o caminho para fazer chegar os produtos do país ao mercado internacional. “O acesso à hidrovia é por Corumbá e vivenciamos um momento importante e estratégico para o porto seco, tornando o município no principal entreposto comercial dessa integração intermodal intercontinental” falou.

A intermodalidade é um ponto fundamental quando se trata de logística, argumentou o secretário. “O porto seco vai permitir esse fluxo de exportação e importação, mas temos que focar a questão da intermodalidade para o desenvolvimento”, frisou, salientando as tratativas do Estado com a Receita Federal para implantar os portos secos de Três Lagoas e Campo Grande, onde outra alternativa é ampliar a área alfandegária do aeroporto internacional.

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