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Soja e celulose elevam balança comercial do Estado em 36%

09 julho 2018 - 21h02

O saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul fechou o primeiro semestre deste ano em US$ 1.698,8 bilhão, aumento de 36,10% em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. No geral foi registrado crescimento no volume de negócios tanto de venda quanto de compra, o que representa um incremento significativo na economia do Estado. As empresas produziram e venderam mais, ao mesmo tempo precisaram comprar insumos de fora.

Os dados estão na Carta de Conjuntura do Setor Externo elaborada pela Semagro (a Secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

O saldo da balança comercial é o resultado entre tudo que o Estado exporta, descontando o que importa. As vendas de produtos sul-mato-grossenses para o exterior somaram US$ 3.013,523 bilhões entre janeiro e junho, com destaques para a soja (US$ 1.199 bilhão) e a celulose (US$ 945,752 milhões). No mesmo período entraram no Estado mercadorias no valor de US$ 1.314,723 bilhão, o que também representa aumento de 14,69% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Nesse caso, o bombeamento de gás natural vindo da Bolívia teve maior impacto: 32,04%, passando de US$ 515 mi para US$ 681 mi.

Na análise do secretário da Semagro, Jaime Verruck, o incremento na compra de gás natural se deve ao período de estiagem que reduz a geração de energia nas usinas hidrelétricas e força o acionamento das usinas térmicas, movidas pelo produto. Outro fator que pode ter influenciado nesse quesito foi a entrada em funcionamento da ADM América do Sul, em Campo Grande, empresa que atua no processamento de proteína de soja e consome gás natural.

Exportações

Com relação às exportações, ele lembra que neste ano entrou em atividade, em Três Lagoas, a segunda unidade da indústria Fibria, fazendo praticamente dobrar as exportações de celulose (+98,11) no semestre, em relação ao primeiro semestre do ano passado. “Até o final do ano vamos continuar registrando recorde de exportações desse produto, mas para o ano que vem estabiliza nesse patamar”, ponderou. Já o aumento nas exportações de soja se devem, sobretudo, à supersafra do ano passado, quando o Estado colheu perto de 10 milhões de toneladas desse grão.

Outro destaque apontado por Verruck é na venda de minério de ferro. Variação de 51,54% no período, passando de US$ 50 milhões para US$ 76 milhões. O grande cliente continua sendo a China, tanto do minério quanto de grãos, que aumentou sua participação em 51,47% (de US$ 1 bi para US$ 1,5 bi). Em seguida vem a Argentina, que também compra minério e soja de Mato Grosso do Sul para processamento industrial. As vendas para o país vizinho saltaram de US$ 155 mi para US$ 193 mi, aumento de 23,97%.

Os destaques negativos ficaram com o açúcar (-67%) e carne de aves (-8,89%). “Quanto ao açúcar, o mercado está ‘superofertado’, por isso a redução nas vendas. Já com relação à carne de aves, em nível nacional a queda foi de quase 40% devido ao bloqueio do mercado europeu. Aqui o impacto foi menor porque quase não vendemos nada de frango para a Europa”, disse.

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