Menu
Buscarquinta, 18 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
14°C
Empresas

Greve de caminhoneiros mostra resultados negativos para a indústria em MS

27 junho 2018 - 11h55

Os primeiros reflexos negativos da paralisação dos caminhoneiros realizada em maio já começam a ser sentidos pelo setor industrial de Mato Grosso do Sul. A Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems aponta que a produção industrial sul-mato-grossense recuou fortemente, com o índice de evolução da produção fechando o mês de maio em 43,4 pontos, bem abaixo dos resultados de abril de 2018 e maio de 2017, que alcançaram 49,4 e 52,4 pontos, respectivamente.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, a greve do transporte de carga atingiu a atividade industrial que já estava com dificuldades de se recuperar. “Em maio, 39% das empresas disseram que houve redução na quantidade produzida. No mês anterior, abril, esse resultado era de 23,5%, indicando, deste modo, um aumento de 15,5 pontos percentuais no total de empresas com produção em queda”, analisou.

A Sondagem Industrial revela ainda que a manifestação dos caminhoneiros fez aumentar o número de empresas com utilização da capacidade abaixo do usual. “Para 46,8% dos respondentes a utilização da capacidade instalada esteve abaixo do usual para o mês de maio, contra 35,3% no mês de abril. Essa piora se refletiu no índice de avaliação do uso da capacidade instalada, com o resultado alcançando 38,8 pontos contra 40,7 no mês anterior”, detalhou Ezequiel Resende, completando que a ociosidade média da capacidade instalada em maio ficou em 33%, contra 32% no mês de abril.

Expectativas

A paralisação dos caminhoneiros também afetou o índice de expectativa do empresário industrial para o mês de junho. No caso da demanda, por exemplo, o índice marcou 50,9 pontos, sinalizando expectativa de estabilidade para os próximos seis meses a partir de junho, enquanto no caso de contratações de empregados o índice marcou 48,7 pontos, revelando que o número de trabalhadores deve apresentar redução no mesmo período, e para a exportação o índice marcou 49,9 pontos, indicando estabilidade para os próximos seis meses a partir de junho.

A intenção de investimento do empresário industrial também caiu, com o índice de intenção alcançando 49 pontos em junho, indicando recuo de 4,7 pontos sobre maio. “A atividade econômica vem se recuperando em um ritmo mais lento que o esperado e o aumento das incertezas, especialmente, no campo político somadas ainda ao alto desemprego e a paralisação dos caminhoneiros podem ter afetado as decisões de investimento dos empresários”, avaliou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Com isso, completa Ezequiel Resende, diminuiu a participação dos que disseram “provavelmente sim” e aumentou a parcela dos que disseram “provavelmente não” na passagem entre os meses de maio e junho. “Os que provavelmente investiriam caiu de 47,1% para 37,7% e os que provavelmente não vão investir aumentou de 29,4% para 37,7%. Por fim, o índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, detalhou.

Deixe seu Comentário

Leia Também