De acordo com o senador, a Secretaria de Política Agropecuária tomou conhecimento da situação no Estado e se mostrou sensível aos problemas que atingem parte dos municípios produtores de grãos, como São Gabriel do Oeste, Maracaju, Sidrolândia e Chapadão do Sul.
A sugestão do ministro da Fazenda é para que o Governo do Estado encaminhe à equipe econômica relatório completo da situação em Mato Grosso do Sul. De posse do diagnóstico, segundo o senador, o Ministério poderá sugerir medidas ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reúne no dia 31 deste mês.
Uma delas, segundo Moka, seria aprovar resolução prorrogando o vencimento de eventuais parcelas da dívida agrícola aos produtores rurais do Estado. “Quando ocorre esse tipo de problema, a extensão é bem maior, pois compromete toda a economia. O produtor fica descapitalizado e, consequentemente, fica sem condições de pagar seus compromissos”, argumenta.
O senador disse que está em contato constante com a secretária de Produção do Estado, Tereza Cristina Corrêa da Costa, com o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, presidentes de sindicatos rurais e prefeitos dos municípios agrícolas. “A situação exige ação imediata de todos os setores dos governos federal, estadual e municipal”, afirmou.
Levantamento preliminar da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul indica que as chuvas nos dez primeiros dias de março devem causar prejuízos de R$ 1,5 bilhão aos produtores. As estimativas apontam perda média de 50% na safra da soja. “É um valor substancial, cuja perda afeta toda a economia”, avalia.
Moka disse que, além da questão agrícola, está empenhado para resolver, principalmente, a situação dos desabrigados pelas chuvas. O senador vai acompanhar nesta hoje (11) o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o governador André Puccinelli que visitarão alguns municípios atingidos pelos temporais.