A campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso do Sul, que teve início oficialmente no dia 1º e tinha o término programado para esta quinta-feira (31) nas regiões do Planalto e Fronteira e até o dia 15 de junho no Pantanal, foi prorrogado por mais quinze dias.
A decisão foi anunciada na tarde desta terça-feira (29) pelo governador Reinaldo Azambuja, após decisão conjunta do Governo do Estado com o setor produtivo através de uma solicitação da Famasul (a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado).
O prazo final para o produtor comunicar a vacinação no sistema da Iagro (a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) também foi prorrogado, ficando para até o dia 30 de junho no Planalto e na região de Fronteira e até 17 de julho para os proprietários rurais estabelecidos na área do Pantanal.
O decreto foi assinado pelo diretor-presidente da Iagro, Luciano Chiochetta; na presença ainda dos secretários Jaime Verruck (Semagro) e Eduardo Riedel (Segov); do superintendente de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Mato Grosso do Sul, Celso Martins; e do presidente da Famasul, Maurício Saito.
Meta
O rebanho do Estado soma 21 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos e a meta do Governo é vacinar 99% dos animais, embora a exigência dos órgãos sanitários seja atingir no mínimo 80%.
Buscando garantir a vacinação em todo Estado e manter o índice de cobertura vacinal, a ampliação do prazo visa a assegurar o restabelecimento do abastecimento das empresas revendedoras da vacina, que estão com estoques reduzidos por conta do movimento grevista que atingiu o transporte em todo País.
O secretário Jaime Verruck acredita que os quinze dias de prorrogação serão suficientes para a readequação dos estoques das revendas de vacinas em todo o Estado, considerando o bom andamento das conversações que buscam cessar o movimento dos caminhoneiros.
Quanto a uma solicitação anterior dos produtores da região do Pantanal, que tem nas cheias uma outra preocupação para o cumprimento do prazo de vacinação, ele esclareceu que o Estado continua analisando, através do trabalho de monitoramento da Iagro em parceria com o Ministério da Agricultura, os níveis de enchente e dentro do período de prorrogação anunciado agora será feita avaliação técnica e oferecida medida específica para os municípios que compõem a região do Pantanal.
Garantir que mais de 99% do rebanho de Mato Grosso do Sul seja vacinado é importante para assegurar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, que o País conquistou recentemente e que deve ampliar o leque de oportunidades de negócios com a carne bovina do Brasil, atualmente levada a cerca de 150 países.
Jaime Verruck lembra que Mato Grosso do Sul tem um rebanho altamente produtivo (reduziu em dois milhões de hectares a área de pastagem, mas mantém o volume de abate), é líder no abate de bezerro com até 24 meses de idade e tem carne de qualidade comprovada.