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Embargo para a União Europeia atinge a produção de frangos de Dourados

20 abril 2018 - 17h52

Mato Grosso do Sul tem dois frigoríficos de frango na lista dos 20 brasileiros embargados pela União Europeia desde esta quinta-feira (19) e a decisão do bloco econômico afeta diretamente a economia nacional. O Governo do Estado está atento aos passos do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para minimizar os impactos dessas medidas.

As unidades afetadas são a BRF de Dourados e a Bello de Itaquiraí, segundo informa a Semagro (Secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), ao acrescentar que o embargo afeta apenas as exportações de frango de ambas para a União Europeia, porém, o frigorífico continua trabalhando normalmente.

Em todo o País, o embargo que entra em vigor em 15 dias, afetou 20 frigoríficos distribuídos entre Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com o Mapa, 35% das exportações brasileiras de frango vão para a União Europeia.

O titular da Semagro, Jaime Verruck, destaca que as consequências imediatas do embargo são a elevação de oferta de frango no mercado interno e claro, a redução do preço para o consumidor brasileiro. “Uma informação desta causa um reordenamento no mercado, por que os descredenciados vão procurar outros destinos para seus produtos, tanto internamente quanto no exterior”, afirma.

Outro impacto, já visto nos estados da região Sul, os mais afetados pelo embargo, é o anúncio de férias coletivas em algumas unidades. “Os mercados nacionais e internacionais não se ajustam tão rápido às mudanças e nesse período o impacto econômico nas empresas é grande. Mas em Mato Grosso do Sul ainda não temos informações sobre possíveis férias coletivas nas unidades”, disse.

Para Jaime Verruck, a principal preocupação em Mato Grosso do Sul é que a avicultura vive um período de expansão. “As duas unidades com embargo da União Europeia estão em expansão no Estado e essa notícia, por impactar economicamente as empresas, pode retardar os investimentos que estão em andamento. Além disso, já vemos uma redução no alojamento de aves como consequência imediata”.

A avicultura tem sido um dos focos do Governo desde 2015, que tem atuado junto aos produtores para atualizar os níveis de sanidade nos aviários, além de ajudar os pequenos a modernizar seus aviários, com recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). Mas, apesar dos efeitos gerados no Brasil, o secretário da Semagro destaca que o Mapa tem respondido prontamente à questão e se posicionado. Ainda nessa quinta-feira, o ministro Blairo Maggi afirmou que vai acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre a questão. “Estamos sendo penalizados. Há uma proteção de mercado que a gente não quer mais aceitar. Vamos brigar pelo espaço conforme o mercado mundial preconiza, que deve ser livre entre os países”, disse o ministro, por meio da assessoria.

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