A Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte) avalia pedido da Viação Dourados, empresa que explora o serviço de transporte público de Dourados, para reajustar o valor da tarifa cobrada dos passageiros. A empresa concessionária alega que a tarifa está “congelada” há 30 meses. A solicitação foi feita em agosto passado e por determinação da prefeita Délia Razuk foi debatida em audiência pública, em dezembro passado, a viabilidade da revisão da tarifa.
Conforme o diretor-presidente da Agetran, Carlos Fábio Selhorst dos Santos, a solicitação da empresa foi embasada no aumento dos custos para manutenção do serviço neste período sem reajustes. Ele explica que o pedido tem legalidade, conforme o contrato de concessão 096/DL/PMD firmado em licitação junto a Viação Dourados, em 2015.
A direção da empresa detalhou, com base em levantamentos, que nos últimos 30 meses houve aumento de 22% nos custos variáveis, como combustíveis, lubrificantes, peças, rodagem, etc., e de 11% nos custos fixos, compostos por salários dos funcionários, despesas administrativas, depreciações, entre outros.
Além destes pontos, o cálculo de um novo valor para a tarifa feito pela empresa leva em conta o número de “passageiros pagantes transportados e os quilômetros rodados das linhas de ônibus”.
Diante disso, foi encaminhada pela empresa à Agência a proposta de reajuste do valor atual de R$ 3 para R$ 3,66. Os dados apresentados pela Viação Dourados estão sendo analisados pela equipe técnica da Agetran. “A solicitação está prevista em contrato e a empresa já havia proposto no ano passado, porém, a administração municipal conseguiu um maior tempo para essa ação, tendo em vista um delicado momento financeiro no geral”, destacou Carlos Fábio. Na capital, por exemplo, o valor da tarifa de transporte público é de R$ 3,70, desde 2017.
De acordo com a ANTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), Dourados possui um dos mais elevados índices no aspecto de passageiros que utilizam o transporte público com total gratuidade. Enquanto a média nacional é de 22%, Dourados registra 42%, o que também impacta nos custos em um todo.