Porto Murtinho, município pantaneiro localizado no sudoeste de Mato Grosso do Sul que faz divisa com o Paraguai, vem sofrendo com a falta de policiamento ambiental. Denúncia de moradores aponta que exemplares de pacu, pintado e dourado, preferidos por turistas e comerciantes, estão cada vez mais raros em decorrência da captura em massa. A pesca predatória coloca em risco o meio ambiente, o turismo e principalmente o sustento des percadores profissionais da região. De acordo com informações as pescarias irregulares são feitas com petrechos proibidos, como redes, anzóis de galho e espinhéis.
Quem vive na região garante que o cenário é reflexo da falta de fiscalização por parte da Polícia Militar Ambiental (PMA) e de outros organismos, que não dispõem de estrutura suficiente para monitorar os rios da região. A bacia hidrográfica é composta pelos rios Paraguai, Apa, Nabileque, Aquidabã, Perdido e Branco, além das cachoeiras do Apa e Cachoeirão, integrando a maior área úmida do planeta e habitat de mais de 263 espécies de peixe. Ou seja, é uma região muito extensa, com pouca estrutura fiscalizadora.
Pescadores profissionais afirma que a produção reduziu drasticamente e já não é a mesma de alguns anos atrás. Deste modo, quem vive da pesca é obrigado a buscar outros meios de sobrevivência. Pescadores afirmam que antigamente em um dia de trabalho se pegava de 10 a 20 pacus, mas hoje é dificil pegar um exemplar. Para ter uma pesca, um pouco melhor é necessário navergar longas distancias, mas com os preços altos dos combustíveis fica inviável abastecer o barco.
