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Economia

Em evento da Fiems, políticos e entidades defendem reformas

24 abril 2017 - 21h53

Representados pelo Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul) e Asmeop (Associação Sul-Mato-Grossense de Obras Públicas), empresários da indústria da construção civil promoveram, na manhã desta segunda-feira (24), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, evento para falar da necessidade de aprovação das reformas Trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional.

Na presença de parte da bancada federal de Mato Grosso do Sul, os empresários apontaram as mudanças como caminho para retomada do crescimento econômico. O presidente do Sinduscon/MS, Amarildo Miranda Melo, declarou que o segmento da construção civil apoia as reformas em razão do reestabelecimento do equilíbrio nas relações trabalhistas e nas finanças do País.

“A questão trabalhista hoje é desigual, é uma área na qual as despesas pendem para o empresário, e deveria haver um equilíbrio nesta balança. Sobre a Previdência, também há um desequilíbrio, e se isso não for ajustado agora, dentro de dez anos não se paga mais o benefício para o trabalhador que contribuiu corretamente. Somos favoráveis às reformas porque entendemos que as mudanças criarão um ambiente de negócios e investimentos, o que fará o Brasil voltar a gerar emprego e renda para a população”, emendou o dirigente sindical.

Representando o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o vice-presidente Alonso Resende do Nascimento destacou a necessidade de discussão do tema com a bancada federal. “Esta oportunidade para o empresário manifestar sua opinião sobre projetos que tramitam no Congresso Nacional é de extrema importância porque o parlamentar, que atua como representante do povo, precisa dessa compreensão sobre os anseios da população”, avaliou.

O presidente da Asmeop, Renato Murilo da Silva, destacou que, especialmente a aprovação da reforma Trabalhista, vai gerar mais empregos. “Com certeza geraria mais empregos porque, hoje, o empresário só contrata em último caso. O trabalhador é o fardo mais pesado que a empresa carrega, com uma série de obrigações previstas e, depois, vem as imprevistas, com uma legislação dúbia e que a gente não tem controle. Então a aprovação dessa e das outras reformas será essencial para o País, o setor produtivo sente que precisa haver uma desburocratização. As coisas ficaram mais difíceis ao longo do tempo, o ambiente de negócios no Brasil tornou-se muito ruim e o empresário é um mágico, um equilibrista em um ambiente tão adverso”, afirmou.

Bancada

Para o senador Waldemir Moka, que discursou como coordenador da bancada federal do Estado no Congresso, o momento é de “enfrentamento político” para que se façam aprovadas as mudanças “amargas, porém necessárias”. “Votamos sempre pensando primeiramente no bem do País e, depois, no de Mato Grosso do Sul. Neste momento, precisamos ser firmes e corajosos, e mostrar que, apesar de haver descontentamento, há, sim, muita gente que compreende o momento do País. É fazer a reforma, esperar alguns meses e então o País vai retomar o crescimento. Esse País precisa de reformas e segurança jurídica”, ressaltou.

A senadora Simone Tebet destacou o processo de discussão que envolveu diversos setores da sociedade civil até que se chegasse ao texto da reforma que hoje tramita no Congresso. “Precisávamos de todos os lados, do servidor público, do trabalhador privado, do setor produtivo do País. Claro que há visões e pensamentos diferentes, mas estamos em uma democracia, e nós levamos tudo isso em conta para darmos o nosso voto, pensando, claro, no que é melhor para o País. Foi desta forma, inclusive, que avançamos na flexibilização das regras, como a questão da idade mínima da mulher e aposentadoria do trabalhador, alterações fruto de pedidos das ruas. A reforma é necessária, se não esta que veio da Presidência da República, mas esta que tramita agora e acredito estarmos chegando lá, em uma reforma mais enxuta, porém profunda, e que não prejudica o trabalhador e permite ao País voltar a crescer”, avaliou.

O senador Pedro Chaves afirmou que a reunião foi muito importante para que os empresários manifestassem seus anseios. “O Parlamento tem que ser reflexo da sociedade, e o setor produtivo está diretamente envolvido nessas questões das reformas porque é o responsável pela geração de emprego e renda”, declarou.

Presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o deputado federal Carlos Marun iniciou o discurso fazendo um resgate sobre como o País chegou à crise econômica, segundo ele, em razão da “exaustão do modelo fiscal dos últimos anos” e afirmou que, a cada R$ 2 arrecadados no País, mais de R$ 1 vai para o pagamento de aposentadorias e pensões. “Por isso, não é mais viável, isso não existe. Quem é contra a reforma da Previdência ou é contra o governo ou é contra o Brasil”, defendeu.

O deputado federal Geraldo Resende, também presente ao evento, declarou apoio às reformas previdenciária, trabalhista e tributária. “Precisamos defender e trabalhar pelo crescimento do País e, para isso, é necessário estabelecermos um modelo novo, até porque a legislação trabalhista é centenária e está longe de se adequar à realidade de hoje”, falou.

Representando o Governo do Estado, o secretário estadual de Obras, Marcelo Miglioli, avaliou que as reformas serão importantes tanto para o setor público quanto para o privado. “Entendemos que essas reformas são importantes para o futuro do País como um todo, o poder público necessita dessas mudanças, a iniciativa privada, e temos que entender que não é contra o trabalhador, até porque se a empresa não existe não existe o emprego, então entendemos que as reformas são fundamentais”, finalizou.