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Agronegócio

Governo afasta 33 servidores e teme perder comércio da carne no mercado externo

17 março 2017 - 22h33

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, anunciou nesta sexta-feira (17) que 33 servidores da pasta foram afastados por envolvimento no esquema apurado pela Operação "Carne Fraca", da Polícia Federal. Novacki disse ainda que, embora a carne brasileira esteja presente em cerca de 150 países, há "receio" de fechamento dos mercados dos Estados Unidos e da União Europeia e, diante disso, o governo definiu argumentos "mais que contundentes" para rebater "qualquer tipo de suposição" sobre a qualidade da carne.

A operação, deflagrada nesta sexta, investiga o envolvimento de fiscais do Ministério em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Em dois anos de investigação, detectou-se que funcionários de superintêndencias regionais dos estados de Paraná, Minas Gerais e Goiás recebiam propina para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva. Alguns dos funcionários estão entre os detidos na operação.

"O ministro [Blairo Maggi] determinou o afastamento de todos os servidores envolvidos. [São] 33 servidores que estamos instaurando procedimentos. [...] Daremos suporte à Polícia Federal para informações e estamos tomando todas as medidas administrativas e informando o Ministério Público Federal", afirmou Novacki. De acordo com o ministério, o esquema fraudou mortadela, salsicha e carne de aves. Além disso, há suspeita de fraudes em carne bovina e em rações para animais.

A operação da Polícia Federal envolveu grandes empresas do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas, mas também frigoríficos menores, como Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo, conforme divulga o portal G1.