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Dispensa de trabalhadores temporários aumenta no início do ano

24 fevereiro 2011 - 20h04Por Redação Douranews, com Folha.com

O mercado de trabalho dispensou mais trabalhadores temporários no início deste ano, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A população ocupada nas seis regiões metropolitanas avaliadas pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego) caiu 1,6% na passagem de dezembro para janeiro, o que significou redução de 370 mil pessoas empregadas.

Entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, o contingente de pessoas empregadas havia caído 1%, o equivalente a 210 mil pessoas.

"Esse dado mostra que houve uma dispensa maior de trabalhadores temporários. O poder de efetivação foi menor esse ano", afirmou o coordenador da PME, Cimar Azeredo.

Ainda assim, com a melhora do mercado de trabalho ao longo dos últimos meses, o nível de ocupação em janeiro de 2011 foi o maior da série histórica, iniciada em março de 2002. No mês passado, 53% da população em idade ativa (acima de 10 anos) estava empregada. Em janeiro de 2010, essa proporção era de 52,4%.

Com isso, a taxa de desemprego em janeiro também foi à menor registrada para o período, desde o início da série. No primeiro mês do ano, 6,1% da população economicamente ativa estava à procura de emprego.

Na comparação com janeiro, o IBGE verificou 172 mil pessoas a mais procurando emprego, apesar de a população ocupada ter encolhido, com 370 mil pessoas a menos. Isso é explicado exatamente pelo fato de a maior parte dos empregados dispensados ter sido contratada de forma temporária.

"Os trabalhadores temporários têm essa característica, eles só trabalham ou buscam emprego naquele período. Muitos são estudantes, que complementam a renda no fim de ano", explicou Azeredo.

A indústria registrou menos 141 mil trabalhadores, de dezembro para janeiro, o que representou variação negativa de 3,8%.

No comércio, foram contabilizados 125 mil trabalhadores a menos, redução de 2,9% ante dezembro.

Ao mesmo tempo, os serviços terceirizados para as empresas foram responsáveis por uma alta de 1,3%, com 45 mil trabalhadores a mais, no mesmo período.

A população ocupada apresentou retração em todas as regiões pesquisadas, com exceção do Rio de Janeiro, cuja variação negativa de 0,2% é encarada como estabilidade.

"O Rio tem essa característica de manter os trabalhos temporários por um período maior, em função do forte turismo no verão e do Carnaval. É uma cidade com comércio e serviços muito forte", observou Azeredo.

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