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Indústria gráfica prevê que 2017 será 'ano perdido' para o setor

19 dezembro 2016 - 19h34

Nem mesmo as eleições municipais, ocasião historicamente favorável às indústrias gráficas, foram capazes de aquecer o segmento em 2016, que encerra o ano com um encolhimento médio de 15% em Mato Grosso do Sul. A avaliação é do presidente do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado) e da Abigraf/MS (a Associação Brasileira da Indústria Gráfica no Estado), Julião Flaves Gaúna. “A redução das verbas para as campanhas em um momento já complicado para a economia refletiu em cheio sobre o segmento. Nesse cenário é que estamos inseridos e, portanto, se confirmou o recuo do nosso faturamento”, afirmou Julião Gaúna, classificando 2016 como um ano de aprendizado.

“Sobreviveram as empresas que saíram da zona de conforto, que perceberam atividades a fim da área de atuação e se adaptaram. Eu costumo dizer que as indústrias gráficas deixaram, há muito tempo, de ser apenas empresas de impressão para se tornarem empresas impressão e de comunicação. Quem não percebeu isso, perdeu espaço no mercado”, explicou o empresário.

As 339 empresas do segmento gráfico sul-mato-grossense empregam 1.400 pessoas com um salário médio de R$ 1.427,00 e faturaram R$ 121 milhões em 2016, segundo levantamento da Fiems. “Quem não teve prejuízo, se manteve estagnado. Algumas empresas fecharam as portas, outras fundiram-se para somar esforços, mas as duas situações resultam em demissões, impactando diretamente no esfriamento da economia local”, pontuou Julião.

Para Julião Gaúna, a luz só aparecerá no fim do túnel daqui a dois anos. “Acredito que 2017 e 2018 ainda serão anos difíceis, que demandarão cuidado e sensibilidade por parte dos empresários na gestão dos negócios”, declarou, associando esse prazo ao reordenamento político que o País atravessa no momento.

“Espero que a aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos traga tranquilidade e segurança jurídica para que os empresários voltem a investir. A nossa esperança agora é que essa iniciativa do Governo Federal também seja copiada pelos governos municipais e estaduais, proporcionando o equilíbrio tão defendido pela população para as contas públicas brasileiras”, declarou o presidente do Sindigraf/MS.

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