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Agronegócio

Renda agrícola no país deve subir 16% em 2011

22 fevereiro 2011 - 11h09Por Redação Douranews, com Agência Estado

Quase R$ 210 bilhões começam a irrigar a economia das cidades do interior do país a partir deste mês de fevereiro. A cifra recorde é resultado da venda das safras de café, laranja, cana, algodão e grãos, que estão em fase inicial de colheita no Centro-Sul. São perto de R$ 30 bilhões, ou 16% a mais, no bolso dos produtores rurais em relação à receita obtida em 2010, com praticamente os mesmos volumes de produção, segundo projeções da RC Consultores.

O dinheiro do campo já aquece o comércio dos polos do agronegócio. Em Sorriso, MT, por exemplo, o maior município produtor de soja do mundo, há fila de espera para compra de máquinas agrícolas. Em Rio Verde, GO, as vendas de caminhonetes dobraram este mês e faltam imóveis para alugar ou comprar. Já em Barreiras, oeste da Bahia, várias grifes de vestuário desembarcaram no comércio local atrás da riqueza do campo.

"Esta será a safra mais rentável de todos os tempos, apesar do câmbio desfavorável", afirma Walter Horita. Ele cultiva 43 mil hectares com algodão, soja e milho no oeste da Bahia e preside a Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), que reúne 1.200 produtores.

Por causa da disparada das cotações dos alimentos no mercado internacional neste início de ano, o campo vive hoje uma situação inusitada: praticamente todas as lavouras estão com preço e renda crescentes em relação a 2010, observa o sócio da RC Consultores, Fabio Silveira. Segundo ele, a política monetária restritiva do Banco Central deve esfriar a demanda, mas não vai conseguir conter a alta dos preços agrícolas e a renda do campo. "O setor tem dinâmica própria."