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Agronegócio

Setor produtivo do Estado valida Zarc em reunião na Embrapa

21 setembro 2016 - 20h32

O setor produtivo da região Sul de Mato Grosso do Sul se reuniu terça-feira (20) na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, para realizar a validação das informações que farão parte do Zarsc (o Zoneamento Agrícola de Risco Climático), um instrumento técnico-científico de política agrícola e de gestão de riscos na agricultura. O trabalho de validação está sendo feito em relação a definição da viabilidade técnica da safra de milho 2017 e da safra de soja 2017/18. As informações coletadas durante a reunião serão analisadas e submetidas ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), responsável pela publicação da versão final do zoneamento no Diário Oficial.

"Essa é uma etapa inédita na metodologia de realização do Zarc e que antecede a publicação no Diário Oficial. Assim, o setor produtivo tem a oportunidade de sugerir alterações e formas de apresentação dos resultados", explica o Superintende Federal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso do Sul, Celso de Souza Martins.

Celso explica que a participação de instituições representativas do setor produtivo do Sul do Estado nessa reunião vai contribuir para refinar as informações de modo a melhor adequá-las à realidade climática do campo. "Essa reunião caracteriza-se como um momento inédito e um importante passo para melhorias no Zarc da região, porque a Embrapa detém tanto tecnologia como conhecimento de clima e outras características produtivas das principais culturas do Estado”, disse Martins.

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Ricardo Fietz, explica que a coordenação desse trabalho nacional está sendo feita pela Embrapa Informática Agropecuária (de Campinas/SP), que conta com a participação de diversas Unidades da Embrapa. "O Zarc é uma ferramenta de análise e como tal necessita de atualização constante, inclusive com a inserção de parâmetros de novas cultivares, com ciclos e comportamentos de diferentes culturas e variedades. Não é estática e nunca vai ficar pronta, demanda pesquisas e atualizações constantes", explica Fietz.

O pesquisador destaca ainda que o Zarc leva em consideração, de forma ampla, inúmeros aspectos regionais, tais como: variabilidade climática, solo, características ecofisiológicas da culturas e quantificação do risco de cada época de semeadura para cada região. "Essas informações contribuem com o aumento da produtividade das lavouras e também com a redução de perdas e racionalização do crédito agrícola", acrescenta Fietz.