Em todas as eleições municipais a ladainha se repete, independentemente do tamanho e importância do colégio eleitoral. Comentários e opiniões diversas não faltam sobre os critérios e o perfil ideal para ser companheiro de chapa deste ou daquele postulante a prefeitura.
Campo Grande não foge a regra, mesmo ainda com apenas duas candidaturas já definidas, a da vice-governadora Rose e, pela lógica política, do atual prefeito Bernal. O interessante é que as especulações não ficam restritas apenas as duas candidaturas citadas, atingindo também outros nomes em fase de preparação para o anúncio oficial.
Portanto, a imaginação é fértil em se tratando da análise de personagens com eventual prestígio à serviço da política, apesar das concepções preconceituosas sobre a influência ou importância do candidato à vice no sucesso nas urnas.
Velhos jargões afloram o preconceito contra o vice. Alguns deles: “se o vice não ajudar, também não pode atrapalhar” – “ninguém vota no vice” – “vice não descerra placa de inauguração” – “vice é apenas um detalhe”. Esses excessos na visão crítica não podem ser levados a sério, pois é de se admitir que a boa imagem do candidato a vice acaba dando maior musculatura ao postulante ao cargo de prefeito.
Já ouço inclusive comentários e palpites sobre alguns nomes tidos como viáveis a vice- prefeito. Neste eclético rol pontuam empresários, educadores, apresentador de televisão, médicos e técnicos na administração pública. Evidente que a citação dos nomes vai de encontro às necessidades do perfil deste ou daquele candidato a prefeito.
A fase atual ainda é de negociação ou namoro entre os grandes partidos e as lideranças de agremiações menores, não só na busca de apoio como também para ampliar o horário eleitoral, um fator que hoje é considerado importante em qualquer eleição.
Tudo bem, o vice-prefeito tem apenas expectativa de direito e administrativamente não tem qualquer competência ou atribuição. Mas sua participação no processo passa por uma compensação - através de nomeações em cargos de confiança e garantia de apoio do prefeito em futuras eleições que ele possa concorrer.
É assim que funciona, sem nada escrito, com base na palavra de honra.
Acredite se quiser.
De leve...