Menu
Buscarquinta, 18 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
21°C
Manoel Afonso

De Leve: 2016 – Sentiremos saudades de 2015?

21 dezembro 2015 - 12h19

Manoel-Afonso Não é possível. A cada projeção dos economistas sem vínculos com o Governo, aumentam nossas preocupações para o próximo ano. Assim o exercício do otimismo vai ficando cada vez mais difícil.

Alguns observadores até acham que pelo fato de termos eleições municipais em 2016 possa haver uma tênue melhora do quadro. Mas essa tese é rebatida pelo fato do Planalto não ter tanto interesse - os prefeitos estão em baixa e os investimentos não compensariam.  Assim, guardaria munição para 2018. Procede.

Mas o fato é que, principalmente neste segundo semestre, a vida do brasileiro ficou muito ruim. O desemprego aumentou, a produção industrial caiu e nas cidades há o indicativo da crise nas placas de ‘vende-se’ ou ‘aluga-se’ sem distinção de bairros e classes sociais.

O brasileiro comum percebe; mesmo no início do mês diminuiu o número de pessoas nas filas dos bancos. Também nos supermercados a crise refletiu; enxugaram o número de caixas, o horário de funcionamento foi encurtado e as compras são seletivas como se verifica nos carrinhos da clientela.

Portanto, neste ano, a mudança de hábitos da população é visível. As pessoas estão cortando os gastos com supérfluos e lazer, inclusive. Aliás, um fato chamou a atenção: um circo instalado no estacionamento do shopping Campo Grande, mesmo cortando pela metade o valor do ingresso, continuou vazio e antecipou o fim da temporada. Isso sem contar que as salas de cinemas ficaram mais vazias ao longo de 2015.

Longe de fazer terrorismo econômico, a intenção é mostrar que realmente as perspectivas para o ano vindouro – no mínimo não são positivas. Se o pessoal diz que vai usar o 13º salário para pagar as contas atrasadas, é sinal de que há consciência geral do quadro futuro. Juízo e precaução.

Claro, a imprensa não pode exagerar na análise e muito menos tentar esconder o ‘óbvio ululante’ – como diria Nelson Rodrigues, mas tem o compromisso de alertar, analisando os sinais ou indicativos que rondam nosso bolso no dia a dia.

Além de tudo isso, há uma crise política impulsionada pela ‘Lava Jato’, que acaba influenciando nosso imaginário.  Mais do que nunca, teremos que ter fé, juízo e uma dose sem limites de otimismo para enfrentar 2016.

E a vida segue.

De leve...

Deixe seu Comentário

Leia Também