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Manoel Afonso

Amplavisão - O choro ‘made in Paraguai’ dos corruptos

01 dezembro 2017 - 13h16

‘DAY AFTER’ Depois de tanta confusão e barulho foi aprovado o projeto da Reforma Previdenciária na Assembleia Legislativa. E pergunto: quem de fato poderá ser beneficiado politicamente com a postura contrária ao projeto? Qual será a densidade dos eleitores que poderão se vingar nas urnas? Seria suficiente para decidir o pleito?

REPRISE A Central Única dos Trabalhadores, Partido Comunista do Brasil, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Diretório Regional do PT, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e a Federação dos Trabalhadores em Educação de MS – com seus anúncios nos jornais – criticam o projeto. Mas, qual o peso político efetivo destas entidades? É a pergunta a ser avaliada no cenário estadual.

INDAGA-SE: O que estaria pensando o eleitor comum, que não exerce função no Governo Estadual, a respeito destas mudanças na Previdência? Aliás, esse cidadão da iniciativa privada sabe: hoje o teto de sua aposentadoria pelo INSS é de R$5.531,31. Já no serviço público estadual 25% tem proventos superiores ao citado teto. Esse pessoal pagará contribuição de 14% a partir de maio de 2018. Já os 75% restantes do funcionalismo continuarão pagando 11% de contribuição. Quanto ao Governo, aumentará sua contrapartida de 22% para 24% a partir de 2019.

NÚMEROS Estive com o secretário Carlos Alberto de Assis, da Administração e falamos sobre os números relacionados ao funcionalismo público. Após comparações com alguns Estados que não se adequaram aos novos tempos, ele lembrou que o reajuste linear de 2,94% dado pelo Governo a partir de setembro último, teve um impacto mensal de R$ 11 milhões na ‘folha’. Em 2014 o custo com os funcionários era de R$ 3,9 bilhões e em R$ 2016 pulou para R$ 5,3 bilhões.

ARREMATE O poder de mobilização do funcionalismo público é notório. Mas para o deputado Zé Teixeira (DEM) o Governo teve a coragem de tomar medidas impopulares, apesar dos riscos de desgastes eleitorais. Já o deputado Junior Mochi (PMDB) lembrou que o tempo fará justiça ao Governo em fazer sua parte dentro do projeto nacional para salvar o sistema previdenciário. O deputado foi muito bem nos debates e articulações com os representantes dos funcionários. Não perdeu a autoridade e a compostura.

A PROPÓSITO, o Brasil está envelhecendo. Em breve, neste ritmo, vai consumir mais bengalas e menos chupetas. Chegamos a 205,5 milhões de brasileiros e os ‘sessentões’ já são 14,4% do total. Nos últimos 4 anos a população cresceu 3,4%. Com isso, as regras atuais da previdência ficam inviáveis. A dúvida é se os políticos pensarão no futuro do país ou só nas eleições de 2018. Temo que a Reforma da Previdência não passe.

NO CLIMA PDT e PMDB afinando as violas para 2018. Os pedetistas elegendo nesta sexta feira o novo diretório regional já com as figuras do ex-juiz Odilon de Oliveira e do ex-deputado Antonio Carlos Biffi. Na outra ponta os peemedebistas elegendo neste sábado o novo diretório com a presidência reservada ao ex-governador André Puccinelli. Cada partido ao seu estilo e clima fazendo seu barulho. O eleitor – de olho!

CARLOS STEPHANINI Impossível não gostar dele. Antes de ser Desembargador, advogava com seu colega Claudionor Abss Duarte (hoje Desembargador no TJMS) no escritório da rua 14 de junho (Casas Bahia). Candidato a vice governador na chapa de José Elias Moreira em 1982, veio o primeiro desafio: viajar de avião. Stephanini tem pavor de avião e coube ao seu colega Claudionor dirigir um ‘valente’ Chevette por todo o Estado. A derrota não o abalou. Manteve-se agradável. Política? Só da boa vizinhança.

SÔNIA CALDART Infelizmente a nossa colega jornalista e apresentadora de TV perdeu totalmente a visão mesmo após vários anos de tratamento contra a ‘retinopatia autoimune’. Fase difícil, mas aos 60 anos de idade não perdeu o prazer pela vida, já aprende ‘braile’ e vai tentando se adaptar à nova realidade. Exemplo para os ‘chorões’ de plantão reavaliar a vida. Sônia merece nosso carinho e atenção redobrados.

É PENA! Os sucessores do ex-governador de Mato Grosso José Fragelli, falecido aos 95 anos de idade em 30/04/2010, sem intenção de cultivar sua memória. A casa – por exemplo - que serviu de residência a família, que poderia ser transformada numa Casa Cultural, foi locada a terceiros junto com os móveis. Insisto: a biografia de Fragelli, rica em conteúdo, daria um excelente livro de Memórias. Pretendo abordar o caso com o deputado Felipe Orro (PSDB) ligado a família Fragelli.

DESAFIO Essa fase de escândalos políticos que parece interminável tem dois aspectos diametralmente opostos. Se por um lado pode varrer definitivamente do cenário aquelas figuras horrorosas e malandras, poderá atrair gente limpa e preparada para a vida pública. O texto justifica a opinião do general da França Charles De Gaulle: “a política é assunto sério demais para ser deixada nas mãos dos políticos”.

‘SEM ILUSÕES’ O máximo que se viu dos políticos flagrados nos últimos escândalos foi um chorinho ‘made in Paraguai’. Nada mais! Seria ingenuidade esperar atos extremos para lavar a honra, como do croata Slodoban Praljak que tomou veneno após ouvir sentença judicial por matança de muçulmanos na Guerra da Bósnia. Já o ex-governador Sergio Cabral (PMDB) desfruta de iguarias importadas.

MEMÓRIA Nas eleições presidenciais de 1989, o ex-ministro dos transportes Afonso Camargo virou figura folclórica no horário eleitoral. Dava aula de civismo, ensinava as crianças a escovarem os dentes e marcou como o ‘candidato do vale transporte’. Candidato do PTB obteve só 379.286 votos (0,52%), em 11º lugar dentre os 22 postulantes. Antes, fora vice governador do Paraná, senador duas vezes, ministro por 3 vezes e deputado federal por 4 mandatos. Morreu em 2011 aos 81 anos de idade.

‘BELEZA’ O último programa do PMDB na televisão nem parecia o partido das lideranças que tem povoado o noticiário policial. O senador Romero Jucá (RO), por exemplo, foi hilário, não convenceu. Fotos e imagens foram utilizados na defesa do caso JBS. A velha aliança com o PT foi criticada como se o PMDB não tivesse participado da administração de Dilma Roussef. Aliás, o programa bem que poderia ter aproveitado o deputado Carlos Marum (PMDB), com estilo adequado ao evento.

SALVAÇÃO Repercutindo bem nos círculos e entidades ligados ao meio ambiente a relatoria do senador Pedro Chaves (PSC) do projeto da Lei do Pantanal e o Fundo do Pantanal na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Vão limitar a ação humana no bioma pantaneiro, garantindo o desenvolvimento sem prejuízo ao meio ambiente, além de ajudar nos investimentos para controle e fiscalização permanente. A autoria é do senador Blairo Maggi (PP).

POR TABELA Sem discutir a veracidade dos números surpreendentes de pesquisas (não divulgados na mídia) para aferir a tendência do eleitor, o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), é citado como exemplo de gestor incompetente pela sua origem do serviço público onde era Procurador Federal. A intenção é atingir o pré-candidato Odilon de Oliveira (PDT) com idêntica origem de labor. Mas, em política não se chuta cachorro morto, com ou sem rabo.

ESTIGMATIZADO No artigo 3º - III - sobre os deveres, do Código de Ética do PR consta: “manter conduta ética, pessoal e profissional...”. Mas, o próprio presidente Antonio Carlos Rodrigues acabou preso por corrupção, a exemplo do ex-presidente Valdemar Costa Neto no caso do Mensalão. Lembra? O diabo é que o PR tem 38 deputados federais e 4 senadores. Aliás, o presidente Temer consultou Valdemar nas ultimas votações e nomeou o afilhado Mario Mandolfo para presidência da Valec. O partido vale quanto pesa. O resto é titica de grilo.

MEU DEDO Apenas como jornalista uma observação no julgamento do matador do Brunão, o segurança morto numa boate aqui na capital. Após a sentença condenatória a mãe do réu lamentou o critério adotado pelos jurados. Convenhamos: ela teve melhor sorte do que a mãe da vítima porque terá seu filho vivo de volta. Já para a outra mãe um resto de vida de saudades doloridas.

“Aqui também existe pena de morte. Mas só para a vítima” (Max Nunes)

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