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Manoel Afonso

Amplavisão – Quem tem medo do deputado Carlos Marun?

10 março 2017 - 15h02

PASTEL Nas eleições municipais de 2016, o ex-governador André Puccineli e o atual deputado Paulo Siufi (ambos do PMDB) apostaram: se a vitória fosse de Marcos Trad (PSD) Siufi pagaria um pastel à André, mas, se Rose Modesto (PSDB) vencesse, André presentearia o deputado com um terno de livre escolha.

PASTELADA Segundo o deputado, só agora ambos puderam celebrar a aposta numa pastelaria do Mercadão. Mas ele não esperava tal repercussão e especulações sobre o atropelamento da campanha das eleições de 2018 envolvendo o nome do ex-governador.

EMBLEMÁTICA a foto na pastelaria. Remete-nos as imagens dos políticos em campanha levados aos balcões dos cafés. Assim, aquela cena temperada de afagos e sorrisos merece ser analisada pelos políticos. Afinal, na política, ‘especular é preciso’.

IMPEDIMENTO Sobre eventual inelegibilidade de Puccinelli, o jornalista Guilherme Filho diz que a situação dele seria igual do governador Reinaldo Azambuja (PSDB); ambos beneficiados com verbas doadas por empreiteiras aos diretórios nacionais dos seus partidos.

ARGUMENTO Guilherme Filho lembra que o caso é diferente do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) que virou réu no STF pelo entendimento de que recebera propina como doação legal, amparado na delação de Paulo Roberto Costa - da Petrobras.

‘LAVA JATO’ Se especular é preciso, o exercício da imaginação também vincula eventuais efeitos desta operação ao ex-governador Puccinelli. Neste ponto, Guilherme Filho é categórico: não há qualquer relação das empreiteiras denunciadas com o Governo Estadual.

CONVENHAMOS: Há assuntos mais importantes a serem tratados pelos políticos e governantes do que eleições. Aliás, a mídia retrata bem esses problemas - pela queda na arrecadação e reivindicações de setores do funcionalismo por reajuste salarial.

A REFORMA administrativa aprovada. Agora cabe ao Governo fazer sua parte e optar pela administração contemplando aliados, deixando a opção exclusiva pelos amigos.A reforma administrativa vem em boa hora, mas aumenta a responsabilidade de gestão.

TANCREDO NEVES dizia: “na política a promessa existe para não ser cumprida”. O deputado Lídio Lopes (PEN) deve demorar algum tempo para digerir a derrota para o colega Beto Pereira (PSDB) na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. O tempo ensina.

PEDRO KEMP O deputado petista parece ter amadurecido e hoje tem uma leitura diferente do movimento sindical que prega greve nacional a partir do dia 15. Diz que o momento não comporta greve que traria prejuízos de toda ordem à sociedade brasileira.

COMPARAÇÃO Assisti a fala machista do presidente Temer (PMDB) sobre o papel da mulher. Pífio. Já o discurso do senador Pedro Chaves (PSC) é oxigenado. Ele vive nosso tempo, confessa ser um entusiasta do protagonismo da mulher moderna que libertou-se das amarras da sociedade patriarcal.

PREVISÃO Se o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) defender a Reforma da Previdência com igual intolerância que defendeu seu guru, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), corre risco de desgaste político e até de infarto. Aliás, minha empregada doméstica que sonhava com a aposentadoria próxima, não quer vê-lo nem pintado.

A LEITURA do cidadão comum, sem conhecimentos específicos sobre a matéria, traz a indignação pertinente. Não se conforma com o tratamento diferenciado dado a determinadas categorias do serviço público e que por tabela beneficia a classe política. Pior: a pretendida reforma continua parcial e falha neste sentido.

LEGAIS...mas imorais. Assim podem ser taxadas as aposentadorias que aglutinam direitos e vantagens escondidos em leis de regimentos. Sem inveja, mas é um absurdo marajás recebendo aposentadorias incompatíveis com nossa realidade econômica.

OLHO VIVO no ‘glorioso’ Tribunal Regional Eleitoral. Após a absolvição da candidata a prefeita de Fátima do Sul Ilda Machado (PR) no episódio famoso mostrado num vídeo na internet, como a corte decidirá o processo que pede a anulação das eleições prefeiturais em Nova Andradina? Rir ou chorar.

EXPECTATIVA O assunto é delicado, envolve interesse de muita gente e a intenção é não cometer injustiças. No próximo dia 23 na Câmara Municipal ocorrerá a audiência pública para se debater e definir as regras norteadoras da concessão do transporte de taxi e carros de vários aplicativos.

POLÊMICA Ouvi opiniões diversas na Câmara, inclusive do presidente João Rocha (PSDB), do secretário Carlão (PSB). A tese dominante: é preciso objetividade, sem afogadilho, sob pena da virar novela. A chance de CPI acenada pelo vereador Vinicius Siqueira (DEM) parece mais distante.

E AGORA? A cada ato do ministro da Fazenda Henrique Meireles o governo perde pontos. Para se ter uma ideia, pesquisa (estimulada) recente da ‘Ranking’- Comunicação e Pesquisa em 18 cidades do MS mostra Lula liderando a corrida presidencial com 19,56%, Bolsonaro com 13,70%, Alckmim tem 11,70%, Marina fica com 9,46%, Ciro aparece com 5,33%, Temer tem 4,53% e Caiado, 3,23%. Não sabem, não responderam – 32,49%.

É VERDADE que nas mesmas pesquisas estimuladas Lula tem 15,06% de rejeição, perdendo apenas para Dilma com 20,06%. Temer tem 9,36% e Alckmin apenas 4,03%. Mas se há insatisfação com o Planalto aqui em nosso insignificante Estado, o clima se repete no resto do país. E aumentar impostos é tiro no pé.

AS PERGUNTAS ainda sem respostas: O Governo colocará o país nos trilhos até quando? A reforma da previdência melhora as chances do candidato oficial à sucessão presidencial? Se no Congresso não há nome com potencial, quem seria o candidato? O correto e prudente seria esperar a divulgação dos implicados na lista da Odebrecht?

NO BALAIO Após o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso dizer que a ‘corrupção é muito pior do que caixa 2’, perde-se o parâmetro de moral e ética. Afinal, existe bandido bonzinho? Não é por acaso que peemedebistas, petistas e tucanos lutam pela anistia do caixa 2. Cambada de dissimulados.

O brasileiro, que não é nada, precisa de mania de grandeza (Nelson Rodrigues)

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