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Manoel Afonso

Tantos escândalos – Onde vamos parar?

12 dezembro 2016 - 14h30

Nunca tinha visto um dezembro tão pessimista como o atual. Você abre os sites e só depara com notícias e artigos abordando questões altamente preocupantes para o povo brasileiro, projetando um ano novo cheio de problemas velhos.

Na economia a atual crise é muito mais profunda do que aquelas vividas pelo confisco de dinheiro do contribuinte no início do Governo Collor e com o famoso congelamento de preços no Governo Sarney. A queda do PIB, o desemprego crescente e a alta do custo de vida de um modo geral atestam que a nossa situação não é nada boa.

Para piorar, no universo político-administrativo, o quadro pode ser chamado de devastador. Quando se imaginava que a destituição da ex-presidente fosse virar a página e dar um novo fôlego criando um ambiente mais animador, não é isso que estamos vendo.

As notícias referentes as chamadas delações premiadas de empreiteiras estão jogando a grande maioria das lideranças políticas na vala comum do descrédito. Com isso o clima de instabilidade aumentou e pode inclusive complicar a efetivação das reformas que estão na pauta do Congresso Nacional.

O brasileiro está por demais cético quanto os resultados das medidas que o Governo pretende implementar e questiona outros pontos ignorados como na Reforma da Previdência. Por exemplo: os funcionários públicos e os militares continuarão sendo preservados ou privilegiados como queira? Não deveriam os políticos dar exemplo enxugando seus salários e vantagens? E o Judiciário vai posar de paradigma da moralidade até quando?

Enquanto esse pessoal empurra com a barriga os problemas, resta-nos apostar na efetiva ação do pessoal da Lava Jato. Tudo bem que existem recursos judiciais, mas pelo menos ela proporciona cenas emblemáticas com a prisão de ex-governadores, ex-ministros e figuras de peso da política brasileira. Um limpa que gratifica nossa bronca com tanta patifaria.

Estamos diante de um quadro complicado que lembra o labirinto construído para esconder o temível Minotauro. A saída seria um novo Governo? O país aguentaria mais esse trauma? Como ficaria a credibilidade do país no exterior? Soluções contaminadas pela emoção não resolvem e tendem a piorar o cenário.

Enfim, faltando poucos dias para o Natal, não há sinais de Papai Noel. O movimento do comercio e a apatia que tomou conta da nação mostram isso.

Esse não é país que queremos, mas é o Brasil que temos. De leve...

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