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Manoel Afonso

Qual o futuro da esquerda no MS?

14 novembro 2016 - 18h52

Essa a pergunta após a massacrante derrota do PT e de todos os partidos que comungam com o pensamento da esquerda no Estado. Pelo fato de ser o maior partido, o PT é quem saiu mais fragilizado das urnas. Nem um candidato a prefeito do partido se elegeu. Pode?

Com apenas um vereador eleito na Câmara da capital, o partido já contabiliza os danos para as eleições de 2018. A bancada na Assembleia Legislativa, hoje de 4 deputados, deve diminuir. Quanto a Zeca do PT e seu sobrinho Vander – deputados federais – já ensaiam abandonar a sigla no próximo ano. O primeiro ainda tem alguma chance de se reeleger, mas não se pode falar o mesmo de Vander – cujo nome é citado em vários procedimentos que apuram casos de corrupção com dinheiro público.

Restaria o PDT, onde o deputado Dagoberto Nogueira – desgastado politicamente – sem espaço no bloco local liderado pelo PSDB.e também sem ambiente para integrar o grupo onde o PMDB está em sintonia com as orientações de Puccinelli. Para piorar a situação do parlamentar pedetista, teve sucesso apenas nas eleições municipais de Terenos e Água Clara, o que mostra seu cacife eleitoral em baixa.

As outras agremiações da esquerda também saíram destas eleições municipais menores do que entraram. Além da falta de carisma e musculatura eleitoral, seus candidatos foram rejeitados até mesmo por segmentos que no passado caminharam juntos. Os velhos bordões contra o capitalismo sucumbiram diante da realidade política e econômica do país, além dos escândalos dos Governos de Lula e Dilma.

Pela exposição acima, não é difícil prever que realmente acabou o ciclo petista, com o partido sendo taxado de conservador por setores de ‘intelectuais’, que devem embarcar no PSOL de Luciana Genro e no Rede de Marina Silva – que são espécies de bolhas ideológicas ainda mais utópicas do que o PT.

Portanto, o PT deixará de ser o partido que acabava de alguma forma sendo importante na contabilidade eleitoral em algumas situações. Por exemplo; com apenas um vereador na Câmara da capital já não terá espaço na mesa diretora e lá na Assembleia Legislativa, sem conseguir reeleger seus deputados em 2018, o fato se repetirá.

No arremate, a conclusão: O PT continuará sendo apenas o partido dos sindicatos e de parte dos funcionários públicos. Ainda bem que a classe média acordou. De leve...

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