Diversos representantes sindicais foram recebidos, ontem (20), pelo prefeito interino Eduardo Machado Rocha, quando entregaram ao juiz um documento com diversas reivindicações. Eles estavam liderados pelo coordenador do Comitê Regional de Defesa Popular, Ronaldo Ferreira, que entregou o manifesto, onde, dentre outras reivindicações, está o pedido de eleições diretas em Dourados
“Esse documento solicita que haja a cassação dos envolvidos na operação da Polícia Federal para que a situação política de Dourados se normalize. A carta pede também que o juiz repasse à sociedade o que encontrou aqui dentro neste período que ficou como prefeito. A população precisa saber de tudo o que aconteceu, porque estamos falando de recursos públicos”, apontou.
Desde que foi ventilado o nome do juiz Eduardo Rocha para assumir a prefeitura interinamente, ele já havia comentado que o primeiro passo, caso fosse indicado, seria realizar uma auditoria em todos os órgãos da prefeitura. Isso agora tornou-se uma realidade e ele explica que a auditoria já foi realizada, mas ainda não tem em mãos o relatório final. “Quando o trabalho ficar pronto será encaminhada uma cópia para o Ministério Público”, esclareceu. O prefeito interino também se comprometeu, conforme solicitado pelas lideranças presentes à reunião, em repassar as informações para seu sucessor na prefeitura.
O documento entregue também solicita que sejam revistas algumas exonerações que as lideranças sindicais consideram “inadequadas” e que haja transparência nas ações da Prefeitura e da Câmara Municipal. Entre os presentes estavam representantes dos movimentos indígenas, das mulheres e dos estudantes.
Manifestações
O grupo também pediu que houvesse maior tolerância em relação as manifestações populares na Câmara. Pedro Lima, que é presidente do Sindicato dos Comerciários alerta que "estão querendo intimidar a população e afastá-la das questões políticas, mas nós vamos continuar exercendo nossas funções enquanto representantes", disse o sindicalista.
Para Eduardo Rocha, “a verdadeira liderança são vocês e não podem se afastar da política. Está na hora das pessoas de bem assumirem as rédeas de Dourados”, mas embora se colocando totalmente a favor das manifestações, pediu que o movimento fizesse suas ações de forma pacífica.
Ele foi mais além ao dizer que "nosso sistema é democrático e a manifestação tem que de fato acontecer, mas tem que ser pacífica. Não adianta partir para agressão e quebrar tudo, até porque é o povo que paga e o prejuízo dele fica maior ainda. Quero pedir que vocês façam manifestações para que os políticos sintam a indignação do povo, mas contenham o ânimo dos que estão com vocês”, finalizou.
(Com informações da Assecom)
