A crise política que Dourados atravessa está penalizando o comércio local. Segundo o presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de Dourados, Jorge Luiz de Souza, está acontecendo uma sensível retração em todos os segmentos do setor, atingindo desde o momento da compra de materiais até a venda. "Quando o comerciante mantém contato com seus fornecedores, a primeira indagação é sobre a atual situação da cidade, como ela está se desenvolvendo e se isso tem causado reflexos no movimento das vendas", diz Jorge.
A atual crise vem gerando insegurança, o que certamente causará prejuízos ao comércio. "Quando se vive momentos de incerteza, a primeira opção das pessoas é não investir, quer seja na sua empresa, quer na aquisição de bens pessoais. Todos pensam em resguardar o que têm e aguardar momentos mais estáveis para voltar a comprar", comenta o presidente da CDL.
Esses momentos de indefinição precisam passar rápido para que a cidade possa retomar o ritmo de trabalho habitual. O presidente da CDL se diz preocupado, principalmente com a aproximação de datas especiais, como o "Dia da Criança", e logo depois o início do período natalino. "A atual situação gera muita incerteza, e com isso a população prefere guardar o dinheiro por não saber o que poderá acontecer posteriormente. Para o comércio isso é muito ruim, pois com a redução do capital de giro, fica mais difícil investir justamente no momento que se inicia a composição de estoque para essas datas", avaliou.
Ao final, Jorge Luiz diz que mantém o otimismo. "Embora haja agora uma precaução maior, acredito que rapidamente a situação volta a normalidade e a vida de Dourados continuará. Tenho a convicção que em muito breve tudo estará de acordo com o que esperamos e a movimentação no comércio, como em todos os outros setores, voltará a ser como sempre, com Dourados retomando sua vida normal, crescendo e se desenvolvendo. Eu sempre vou acreditar nisso", finaliza.
