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Começa a corrida eleitoral para a Prefeitura de Dourados

02 dezembro 2010 - 17h55Por Carlos Marinho

 

Com a renúncia de Ari Artuzi, Carlinhos Cantor e Sidlei Alves, o cenário político de Dourados passa por um momento de agitação, com a possibilidade de novas eleições em um curto período. Sendo assim, diversos partidos políticos começaram a articular as possíveis coligações e colocação de nomes dos candidatos que poderão concorrer ao cargo de prefeito. Desta forma, enquanto alguns partidos têm tranqüilidade para tomar decisões e definir os rumos a serem tomados, outros convivem com as disputas que desde já começam a acontecer internamente.

Desde quando foi desencadeada a operação “Uragano” (furacão, em italiano), várias correntes previam as possíveis candidaturas, como forma de “limpar” o cenário político que, como afirmavam, “havia chegado ao limite máximo e deveria acontecer uma reviravolta total, com mudança completa em todos os níveis políticos de Dourados".

Agora, com o real afastamento daqueles que ocupavam cargos eletivos, começam as especulações sobre quem deverá ser o novo prefeito de Dourados, assim como muitos aguardam que outros vereadores afastados por decisão judicial também renunciem a seus cargos, permitindo assim que os “suplentes” passem a ser vereadores “de fato”.

Prefeitura

Havendo novas eleições em Dourados, alguns nomes já são conhecidos entre aqueles que, se indicados por seus partidos, estarão sendo avaliados por uma população que “anda um tanto ressabiada com os últimos acontecimentos”, como se ouve em qualquer roda de bate-papo na cidade.

Mas alguns “pré-candidatos” são dados como certos no caso da nova eleição. O primeiro nome que se ouve falar é o do atual vice-governador e terceiro colocado nas eleições deste ano para o Senado, Murilo Zauith. Parte da população sente-se “na obrigação” de devolver a ele os votos que faltaram para que a cidade tivesse seu primeiro representante no Senado Federal. Além disso, líder de um dos partidos mais fortes do município, o Democratas, Murilo deve ser indicado como candidato sem que haja qualquer disputa interna, o que lhe daria apoio total na campanha, facilitando inclusive a busca por aliados. Ainda assim, corre por fora nessa pretensão o ex-prefeito de Angélica e atual presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa.

Outro que vem se colocando como candidato a prefeito é o ex-candidato a deputado estadual do PV, Rubens Triaca. Ele costuma dizer que “depois de tudo isso que aconteceu em Dourados, tenho a vantagem de possuir um nome limpo”, considerando ter chances de disputar o Executivo Municipal. Porém, ainda existe um empecilho para sua candidatura, caso a ex-candidata a vice-governadora Tatiana Ujacow Azambuja venha a se decidir ser também candidata, hipótese já aventada há cerca de um mês.

Se por um lado o PV se coloca como a alternativa sem máculas para concorrer à Prefeitura de Dourados, o Partido dos Trabalhadores, hoje mostra sinais de fragilidade para encarar mais essa disputa. Sem um nome forte para concorrer, o PT teria como possíveis candidatos o ex-prefeito Laerte Tetila, às voltas com questões judiciais em relação à sua eleição para deputado estadual, após uma condenação que lhe retiraria os direitos políticos; o ex-deputado federal João Grandão, que em outra eleição era tido como o nome mais forte para concorrer ao cargo. Além deles ainda surgem nomes como o do presidente do partido, Tenente Pedro, o presidente da Câmara Dirceu Longhi e outros com menor cotação política.

Ainda no grupo dos grandes partidos, o PMDB é o que mais disputas internas teria que suplantar, entre os nomes de Délia Razuk, Geraldo Resende, Marçal Filho, Antonio Nogueira e Odilon Azambuja, sem contar outros que possam se aventurar a tal. Délia Razuk, atual prefeita interina, tem a força de ter sido a vereadora mais votada e de estar, atualmente, empenhada em reconduzir a cidade ao posto da normalidade; Geraldo Resende, reeleito deputado federal, sempre teve como sonho comandar a cidade; Marçal Filho nunca deixou de ter bons olhos para a cadeira de prefeito; Antonio Nogueira tem um currículo de bons serviços respeitável e Odilon Azambuja, que conta com padrinhos de bastante força política. Portanto, o PMDB tem um “balaio de gatos” para superar e chegar a um nome de consenso internamente, antes de partir para a disputa final.

Por último, sobram vários partidos considerados nanicos e médios, que deverão estar negociando cargos para definir seu apoio. Entre eles estão o PPS, PTB, PDT, PRTB, PSL, entre outros "Pês", cujo apoio também deverá ser disputado palmo a palmo.

Enquanto isso, Dourados vê crescer a dosagem de adrenalina com os “velhos cabos eleitorais” mostrando as unhas na esperança de “conseguir mais um espaço na próxima administração”.