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Ari Artuzi e Carlinhos Cantor renunciam acusando a existência de "jogo político" na Câmara

02 dezembro 2010 - 10h39Por Carlos Marinho
A decisão de renunciar ao cargo tomada por Ari Artuzi, Carlinhos Cantor e Sidlei Alves foi uma forma de se proteger de maiores prejuízos que uma cassação poderia trazer para os três envolvidos nas investigações da operação "Uragano" (furacão, em italiano). Além disso, à excessão do ex-presidente da Câmara, Sidlei Alves, as cartas de renúncia denunciam a existência de um jogo político, como diz Ari Artuzi: "O jogo político hoje existente na Câmara Municipal levará a minha cassação, independentemente de qualquer defesa que eu apresente", diz ele em trecho da carta, acusando ainda que a Câmara "se recusa até mesmo a intimar minhas testemunhas para depor, mesmo sabendo da minha condição de preso".

Segundo Artuzi o processo não segue as garantias constitucionais e diz que esse é " um processo de cartas marcadas... não me submeterei ao teatro que se faz em torno de tal questão", define.

Carlinhos Cantor também acusa que "alguns tramites não estão sendo respeitados podendo com isso lesar direitos constituídos". Dizendo respeitar o Legislativo, aponta que " não poderia aceitar passivamente que as leis regulamentares sejam simplesmente ignorados por quem tem o dever de respeitá-los", dizendo que sabe "dos direitos a que me faculta a legislação", alertando que "poderia utilizá-los na garantia de pelo menos enfrentar o devido processo legal com a ampla defesa", sugerindo assim que não teria sido lhe dado esse direito.

Ele prossegue dizendo estar descrente, mas que "por razoes de fora intimo, apresento a minha RENUNCIA em caráter irrevogável... e posterior arquivamento da Comissão Processante", o que é uma forma de não enfrentar o processo de cassação.

O único que não utilizou de acusações para justificar seu pedido de renúncia foi Sidlei Alves.

Ficha Limpa

Embora não tenham sido julgados pela COmissão Processante, nem tenham sido cassados, todos eles estão, hoje, sob o olhar da "Lei da Ficha Limpa", que é aplicada quando existe um pedido de renúncia com objetivo de evitar uma possível cassação, como já aconteceu em alguns casos durante as eleições, quando o maior destaque ficou por conta do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz.