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Comércio não deve abrir em 20 de dezembro, diz população

24 novembro 2010 - 20h14Por Redação Douranews, com Waldemar Gonçalves - Russo
A menos de um mês do 75º aniversário de emancipação política da cidade de Dourados, uma grande maioria de pessoas consultadas, entende que nesta data, 20 de dezembro, o comércio deveria ficar com suas portas fechadas, assim como em outras cidades do estado e até mesmo do país.

Alvo de um imbróglio que todos os anos se arrasta e que envolve principalmente os dirigentes lojistas e o Sindicato dos Comerciários, quando na maioria das vezes as lojas abrem suas portas sob o argumento de que devido à aproximação do dia de Natal, a classe patronal poderia obter um maior faturamento, os consultados, em sua maioria, entendem que é necessário respeitar o dia do aniversário da 2ª maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Os empresários alegam que com as suas lojas fechadas, as pessoas deixam a cidade e seguem para a fronteira, para comprar presentes, causando prejuízos aos comerciantes.

No entanto, muita gente entende que abertura do comércio em nada favorecerá os empresários. O argumento é: quem teria de adquirir produtos para a festa natalina e até mesmo de final de ano, com certeza já o teria feito antes mesmo da data do aniversário da cidade.

Para eles o dia deveria ser respeitado, como acontece em outras cidades no dia de sua criação ou de emancipação política, como por exemplo, Fátima do Sul, Itaporã, Caarapó, Naviraí, Ivinhema, e Amambaí, entre outras, onde os prefeitos promovem grandes festas. “Acho que falta respeito por Dourados. Abrir as portas do comércio na data do aniversário da cidade demonstra uma falta de amor pela cidade”, disse Hélio Camargo Dantas, morador há mais de 20 anos no Jardim Ouro Verde, lembrando que em sua cidade natal, Uberlândia, MG, na data de aniversário a prefeitura elabora uma grande promoção sócio-cultural e esportiva para a população.

Para o comerciante Takeo Yamaki, de nada adianta abrir as portas no dia do aniversário da cidade, pois no seu entender, a cidade durante todo o ano concorre com o comércio paraguaio, e não seria o dia 20 de dezembro que faria a diferença. “O douradense, quando quer ir ao Paraguai fazer compras, vai a qualquer dia, hora ou mês. Entendo que o dia 20 de dezembro tem de ser respeitado, porém a ganância dos empresários parece que sempre fala mais alto”, disse o comerciante, apostando que neste ano a prefeita Délia Razuk vai fazer com que a data de aniversário da cidade, depois de vários anos, seja respeitada. “Não só eu, mas todos com quem converso aqui no meu bar, esperam que o comércio não abra suas portas nesse dia, porém esta decisão será da prefeita e de seus secretariados”, disse o comerciante.

Já Valcir Ferreira de Oliveira, aposentado e morador na região do Grande Flórida, diz que independente ou não da data de aniversário da cidade, sempre no final de ano, ele pega sua família e vai em direção a fronteira para adquirir os produtos natalinos, principalmente presentes para seus netos. “Não vejo necessidade das lojas abrirem suas portas aqui na cidade não. Ficaria oportuna esta decisão se elas competissem nos preços com as do Paraguai. No entanto, isso é um sonho. Daí sempre buscar a fronteira para adquirir os produtos que sempre saem muito mais barato do que aqui. Entendo também que a data de aniversário da cidade deveria ser respeitada, assim como as outras cidades respeitam”, disse o aposentado, reafirmando que durante o ano inteiro, vai pelo menos umas vinte vezes fazer compras no território paraguaio.

Numa consulta feita a 20 pessoas, somente duas delas acham favoráveis as lojas abrirem suas portas na data de aniversário da cidade, uma diz ser indiferente e as demais declararam serem literalmente contra.

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